sábado, 31 de dezembro de 2011

Sargento da PM da 3ª Ciretran  reunia  documentos  para  impetrar  ação no  MP
O soldado, Edianari de Almeida Santos, presidente da Associação de Policiais e Bombeiros (Aspra) de Feira de Santana disse que o coordenador de habilitação da 3ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), Amarildo Araújo Novaes, morto na última quinta-feira (29) estava reunindo documentos para impetrar uma ação no Ministério Público (MP) com a finalidade de provar que não tinha participação em supostas irregularidades da 3ª Ciretran. 
Segundo ele, Novaes apresentou-lhe os documentos sem informar com detalhes o conteúdo e comentou que estava sendo pressionado por funcionários, o que o levou a provar a própria inocência.

Amigos do coordenador que estavam presente no sepultamento, realizado no cemitério São João Batista, no bairro Mangabeira, também informaram que ele vinha sofrendo “pressão” de servidores.

Em julho deste ano Novaes foi exonerado do cargo e Vaaldilson da Silva, conhecido como Tinga, assumiu a coordenação por apenas 38 dias Novaes voltou ao cargo e no mês seguinte, Tinga declarou em entrevista ao Acorda cidade que havia muitas irregularidades no órgão. Poucos meses depois foi noticiada a chegada da força-tarefa para apurar as suposta fraudes.  

O sargento Novaes entrou em contato com o Acorda Cidade e falou que a sua recondução para o cargo se deu por motivos técnicos e que sua vida é pautada no trabalho.


Amigo pessoal e instrutor de Novaes quando ele ainda era soldado, o capitão Jorge Nunes, que trabalha no CPRL (Comando de Policiamento Regional Leste), falou para o repórter Ney Silva do programa de radio Acorda Cidade. Não acredita que o sargento tenha praticado o duplo homicídio e em seguida se suicidado.

O capitão informou que há cerca de 15 dias manteve o último contato com Novaes e que não notou qualquer tipo de dificuldade que ele tivesse passando. “Estive na 3ª Ciretran com ele que não deixou transparecer qualquer tipo de pressão", afirmou Nunes. Ele destacou que a moral do sargento Novaes era intocável e que só Deus é que agora pode julgá-lo.

Ele acrescentou ainda que se durante as apurações das mortes for confirmado que Novaes praticou os crimes e depois o suicídio será uma grande surpresa para os amigos e parentes que não entenderão o que o levou a praticar esse ato.


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