quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mulher morre com suspeita de meningite meningocócica
Alean Rodrigues
Uma mulher morreu com suspeita de meningite meningocócica no final da tarde de quarta-feira (30), em Feira de Santana. A auxiliar de odontologia Gilmara Nascimento Santos, 23 anos, começou a passar mal na terça e foi internada no dia seguinte no Hospital Emec, da rede particular, onde morreu. Os médicos que a atenderam suspeitam de meningite, devido aos sintomas característicos da doença, como fortes e constantes dores de cabeça, náuseas, vômitos e enrijecimento de músculos.

Apesar de o relatório médico indicar a suspeita de meningite meningocócica como causa da morte, familiares levantaram outra versão para o caso. De acordo com Maria Sônia Nascimento, mãe de Gilmara, uma amiga da filha contou que a
jovem fazia uso de anabolizante. “Não sabíamos que ela usava este tipo de coisa. Acredito que não tenha sido meningite e sim esta substância que ninguém sabe qual foi, por isso pedimos a necropsia”, declarou.

Uma amiga da vítima, que não quis se identificar, contou por
telefone que há três meses Gilmara vinha usando anabolizantes, aplicados por um homem de prenome David, residente no bairro Rua Nova. Segundo ela, a amiga fez várias aplicações da substância, porque queria voltar ao corpo que tinha antes de ter filho, além de ganhar massa muscular nas coxas e bumbum. “A vaidade a fez procurar este rapaz, que inclusive aplicava o produto na casa dele. Não sei quanto ela pagava, mas ele me ofereceu uma substância para emagrecer pelo valor de R$ 20,00 cada aplicação”, afirmou.

A mãe de Gilmara contou ainda que a filha teria tomado duas aplicações nos últimos dias, na quinta e no domingo. "Acho que foi isso que a matou. Por que ela fez isso, já que era linda e tinha uma vida maravilhosa pela frente?”, questionou, entre lágrimas.

Investigações
 - A notícia da suspeita de meningite criou um certo pavor entre funcionários do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que reclamavam da forma como o corpo foi encaminhado para lá. “Não temos equipamentos adequados para fazer a necropsia de uma pessoa com meningite. E se contrairmos a doença?”, desabafou, desconfiado, um funcionário, que não quis ser identificado.

A partir da informação da família sobre o uso de anabolizantes, a delegacia de Feira de Santana instaurou inquérito para investigar a denúncia. “Caso se confirme a morte por anabolizante, o caso será encaminhado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)”,
informou o coordenador da 1ª Coorpin, delegado Ricardo Brito.

A Vigilância Epidemiológica também acompanha o caso e aguarda os resultados da necropsia, já que não foi coletado o lico (liquido retirado da medula do paciente) para exames. “Mesmo assim, vamos dar inìcio à quimioprofilaxia, ou seja, à aplicação de antibióticos nas pessoas próximas e que tiveram contato recente com a aguarda os resultados da necropsia, já que não foi coletado o lico (liquido retirado da medula do paciente) para exames. “Mesmo assim, vamos dar inìcio à quimioprofilaxia, ou seja, à aplicação de antibióticos nas pessoas próximas e que tiveram contato recente com a paciente”, explicou a coordenadora do órgão, Janice Estrela.

Depois de muita reclamação e espera, o corpo foi necropsiado e liberado para sepultamento, que ocorreu no final da tarde de sta quinta-feira (1º), no Cemitério São Jorge. Na declaração de óbito assinada pelo médico legista, Antônio Aloizio, consta  que a causa da morte é indeterminada. O laudo definitivo deverá ser liberado no prazo máximo de 60 dias.   
Gilmara deixa esposo e uma filha de 5 meses.

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