Um homem foi feito refém
por um adolescente durante uma tentativa de assalto a um armazém
localizado na cidade de Ubaíra, região Centro Sul da Bahia. Segundo
informações da Polícia Militar, o crime aconteceu em um local de
comercialização de cacau por volta das 9h desta sexta-feira (28).
Os suspeitos chegaram ao comércio, que fica na Rua Duarte de
Guimarães, centro de Ubaíra, em uma moto preta e anunciaram o assalto. De
acordo com a PM, a movimentação chamou a atenção dos policiais
militares que foram até o local e surpreenderam os bandidos. Com a chegada
da polícia, um dos bandidos fugiu pelos fundos do estabelecimento e o outro,
que é menor de idade, fez uma pessoa refém; a vítima estava no armazém
negociando a mercadoria.
A Polícia Militar montou
cerco para negociar a libertação do refém. Após uma hora de negociação, o
adolescente, que é da cidade de Mutuípe, resolveu se entregar. Não houve
vítimas e nada foi roubado. A polícia realizou buscas na região e encontrou o
segundo suspeito, que havia fugido. Os policiais ainda apreenderam duas armas e
encaminharam os suspeitos juntamente com as armas usadas no crime à Delegacia
de Ubaíra.
O proprietário do armazém, Antônio de Nery, disse que esta não é
a primeira vez que tem o seu comércio assaltado. "Esse ano mesmo, na época
do São João, entraram aqui e me assaltaram. Daquela vez, eles ainda conseguiram
levar uma quantia em dinheiro", disse Antônio Nery. Ele negocia
cacau há mais de 30 anos e está nesse novo endereço há cerca de um ano e meio.
Um morador da cidade, que não quis ser identificado, disse
que a violência em Ubaíra cresceu muito este ano. "Cada dia que passa a
situação piora. As pessoas estão com medo de sair nas ruas, estamos abismados
com tanta violência. É uma cidade pequena que está parecendo cidade
grande", lamentou.
Ainda segundo o morador, na semana passada houve três homicídios
na cidade e no último sábado uma troca de tiros por volta do meio dia. Ele
disse ainda que após o assalto no armazém a cidade ficou com clima de
"cidade fantasma". Não tem ninguém nas ruas, a praça geralmente fica
cheia de crianças brincando, mas hoje as mães não deixaram seus filhos
brincarem na rua", completou.
Fonte: SECOM