Chico Pinto
relembrado na AL
Ontem (19) completou cinco anos de morte de
Francisco José Pinto dos Santos, mais conhecido como Chico Pinto. Nascido
em 16 de abril de 1930, filho do coronel José Pinto dos Santos e de
dona Inácio Pinto dos Santos, o ilustre representante de Feira de Santana
construiu uma trajetória política respeitável.
O assunto foi tema de
pronunciamento da deputada estadual Graça Pimenta (PR) na tribuna da Assembleia
Legislativa (AL). “Esta data está marcada na história política de Feira de
Santana e do Brasil, pois Chico Pinto foi o feirense que mais se
destacou no cenário político-nacional. Diante do que ele representa
para o nosso país é legítimo fazer com que a memória dele permaneça no nosso
dia a dia", declara a parlamentar.
Filiado ao antigo Partido
Social Democrático (PSD), Chico Pinto foi defensor dos trabalhadores. O
ingresso dele no poder público ocorreu em 1950, quando foi eleito vereador
no município feirense. Quatro anos depois ele graduou-se em Direito pela
Universidade Federal da Bahia (UFBA). Logo no começo do mandato de
vereador, iniciado em 1951, Chico Pinto foi ao presidente eleito no ano de
1950 pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Getúlio Vargas, para cobrar os
benefícios prometidos durante a campanha eleitoral. Em 1962 a população elegeu
o feirense como prefeito do município, contrariando as forças políticas
locais que imperavam na época.
"Devido à chegada
de Chico Pinto à prefeitura, a população de Feira de Santana experimentou uma
nova forma de governo, sendo possível a participação popular nas decisões do
poder público local. Com o surgimento da ditadura militar em nosso
país, no ano de 1964 o prefeito feirense foi cassado pelo regime
militarista por conta de seus posicionamentos democráticos. Mesmo
diante dos riscos que a ditadura oferecia, o corajoso feirense
preservou seus ideais", contou Graça Pimenta em discurso.
Em 1966, Chico Pinto fundou a
seção baiana do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido
que abrigou os opositores do regime militar. Lutando pelos direitos
da população, no ano de 1970 o feirense foi eleito com votação
expressiva para deputado federal. Defensor de uma ação mais incisiva
contra o militarismo, logo após a eleição Chico Pinto divergiu da moderação
predominante no partido e fundou a chamada “ala autêntica” do MDB.
Em 1974 a visita do ditador
chileno Augusto Pinochet ao Brasil indignou o deputado feirense
que fez um discurso contundente na Câmara dos Deputados, onde declarou:
“Falo pelos que não podem falar. Clamo e protesto por muitos que gostariam
de reclamar e gritar nas ruas contra sua presença em nosso país”. Por conta da
coragem, Chico Pinto teve o mandato cassado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), ficou preso seis meses e teve suspensos os direitos
políticos por quatro anos. Bastou voltar a disputar as eleições que ele
obteve sucesso nas urnas novamente. Chico Pinto foi reeleito deputado
federal nos anos de 1978, 1982 e 1986.
"A presença de
governadores, deputados e demais autoridades políticas no velório do
ilustre feirense, além de parte considerável da população, demonstra o
importante significado que ele tem na história da política nacional",
finalizou a parlamentar, que já havia se pronunciado sobre o tema na Assembleia
Legislativa em 2011.
Fonte: Assessoria da deputada Graça
Pimenta