quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Testemunha relata ação dos dois criminosos que mataram delegado
Uma vizinha do delegado Eduardo Rafael de Santana Lima, de 35 anos, contou que presenciou a ação dos dois criminosos que abordaram a vítima na noite de quarta-feira (7), na frente da casa dele, no bairro do Barbalho, em Salvador. Eduardo levou quatro tiros, foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a madrugada.

"Ele abriu o portão, parou o carro e eu aí voltei. Quando eu vi, foi os tiros. Segundo a moça que tava na casa em frente, disse que ele colocou a mão para cima. Ele suspendeu as mãos e ele tava com arma, então o bandido levou a arma dele. E ele entrou em luta corporal com um. Quando eu cheguei na janela, eu já vi um bandido dentro do veículo, já na parte do motorista e o outro tava na garagem ainda. Quando a gente começou a gritar, ele saiu com uma camisa quadriculada no rosto, entrou no carona e foi. Foram deflagrados cinco tiros", relata a mulher, que prefere não ser identificada.

O crime ocorreu por volta das 23h de quarta-feira. Os criminosos fugiram levando o carro e a arma do delegado. Segundo a Polícia Civil, Eduardo Rafael trabalhou até 18h de quarta-feira na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), onde atuava como plantonista, e saiu de lá para a academia de ginástica que frequentava.

Depois da academia, ele foi para casa, quando foi abordado pelos criminosos quando abria o portão da garagem. Uma guarnição da Polícia Militar, chamada ao local, socorreu o delegado para o HGE.

Ainda segundo a Polícia Civil, antes de ser alvejado com quatro tiros, três na região do tórax e abdômen e um na perna, na altura da coxa, Eduardo Rafael chegou a tomar o revólver, calibre 38, que estava na mão de um dos criminosos. Cinco munições foram deflagradas enquanto estavam em luta corporal.
Por meio de nota, o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge, disse que Eduardo era um "profissional exemplar". Na tarde desta quinta-feira (8), Hélio Jorge concedeu entrevista dizendo que o crime, classificado como latrocínio, não é investigado como um atentado contra o delegado. "Ele provavelmente reagiu e tomou os tiros. Foi uma coincidência ser delegado", afirmou.
O carro de Eduardo, levado pelos assaltantes, foi localizado na manhã desta quinta-feira, no bairro da Boca do Rio, em Salvador, e já passou por perícia. Ele, que era casado e deixa dois filhos, atuava como plantonista da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos. O delegado estava há oito anos na Polícia Civil e já passou por unidades policiais da capital e do interior do estado.
O delegado-geral Hélio Jorge determinou que, além das equipes DRFRV, investigadores e delegados do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) também se integrem às buscas aos criminosos. Assistentes sociais da Polícia Civil estão acompanhando parentes mais próximos da vítima para prestar apoio, informou a Polícia Civil..
Fonte: G 1

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