quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Pai e filho são flagrados com quase meia tonelada de maconha na Bahia

Pai e filho foram flagrados com 446 kg de maconha em um caminhão quando passavam no km-677 da BR-116, em Jequié, no sudoeste da Bahia. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo saiu da cidade mineira de Salinas e tinha como destino Maceió, em Alagoas.
 
A PRF informou ainda que, ao abordar o caminhão onde a dupla seguia, o motorista disse que não estava transportando nenhuma carga. Ainda assim, os agentes resolveram revistar os compartimentos e encontraram 19 fardos de maconha. O homem, de 53 anos, e o filho dele, de 24, foram presos em flagrante pelo crime de tráfico de drogas e levados para a delegacia de Jequié.


Fonte: g 1


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Polícia apura se homem que matou família é pai de bebê da enteada

A Polícia Civil investiga se o homem preso por matar a própria familia depois de incêndiar a própria casa em Feira de Santana, é pai do bebê de uma das vítimas da chacina que era enteada dele. A informação foi divulgada durante apresentação do suspeito nesta sexta-feira (6), na sede da Polícia Civil, na Piedade, centro de Salvador. O suspeito, que estava com mandado de prisão preventiva em aberto, foi localizado na manhã desta sexta na mesma cidade em que o crime ocorreu,
De acordo com o delegado João Uzzum, titular da 1ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin/Feira de Santana), testemunhas ouvidas pela polícia, entre familiares e vizinhos das vítimas, disseram que o suspeito, Gilson Jesus Moura, de 49 anos, é o pai da criança que a enteada de 16 anos esperava. Ela estava no quinto mês de gravidez e morreu carbonizada. O suspeito nega que seja pai da criança. A polícia, no entanto, pediu um exame de DNA pra comprovar a suspeita e aguarda o resultado.

"Isso ainda é uma suspeita muito inicial, não podemos afirmar. Mas o que sabemos é que ele teve uma discussão com a enteada antes de cometer os crimes e, segundo relato de testemunhas, essa briga teria sido motivada pelo fato de ele não aceitar o bebê dela", declarou o delegado.

A enteada do suspeito, o bebê que ela esperava, o filho dela, de um ano, e três filhos do suspeito, de 8, 9 e 13 anos, morreram na tragédia. A mulher dele, de 37 anos, que também é irmã de Gilson, e uma criança de 3 anos, filha do casal, conseguiram escapar da casa incendiada e seguem internadas no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo a polícia, o estado delas é considerado grave. O casal estava junto há 15 anos e, segundo a polícia, tinham brigas constantes por causa dos ciúmes dele.
 Durante a apresentação o suspeito se disse arrependido pelos crimes, mas negou ser pai do filho da enteada. Segundo a policia, no primeiro depoimento, logo após ser preso, ele disse que não sabia quem era o pai. Na apresentação, ele negou que tenha brigado com a enteada antes da chacina. "Eu tinha uma boa relação com minha família. Minha família era tudo para mim. Não houve nenhuma briga e eu, sinceramente, não tive motivos para fazer isso tudo. Mas estou arrependido. Aliás, arrependido é pouco. Minha família era a base de tudo. Não tenho palavras para descrever esse ato. Não discuti com ninguém e também não tinha ciúmes da minha mulher", disse.



Crime premeditado
Após ser preso, Gilson relatou que pode ter tido um surto e que, por isso, incendiou a casa. A polícia, no entanto, acredita que o crime tenha sido premeditado. Segundo o delegado Uzzum, o suspeito sempre teve muito ciúmes da mulher e o casal tinha brigas frequentes. Há dez anos, conforme Uzzum, o homem deu duas facadas na mulher depois de uma briga por ciúmes e quebrou as coisas da casa.


"Antes do crime eles haviam brigado na noite de réveillon porque ela tinha bebido e estava dançando numa festa e ele não gostou. Esse ciúmes dela acabou resvalando em toda a família. Além disso, ele comprou a gasolina um dia antes do crime, despejou nas vítimas enquanto elas dormiam e, segundo testemunhas, já tinha dito para alguns conhecidos que iria matar a família. Então, as provas contra ele são muito contundentes e não temos dúvida de que ele premeditou tudo friamente", afirmou.

Gilson, no entanto, negou qualquer desavença com a família e insistiu que não teve motivos para matar a família. Na apresentação, ele disse à imprensa que comprou o galão com cinco litros de gasolina para colocar na moto da mulher. "A gasolina eu peguei para colocar na moto. Não sei o que me levou a fazer isso. Tenho conciência da tragédia que causei. Estar triste agora e arrependoido é pouco. Agora, tenho que pagar pelo meu erro, mas nao tem como corrigir", declarou.

De acordo com a polícia, após cometer o crime, Gilson fugiu para a cidade baiana de Capim Grosso de carro. Depois, deixou o carro na cidade, e foi para Jacobina, no norte do estado. Ele também passou pela cidade de Irecê, no centro-norte, antes de retornar para Campim Grosso e Feira de Santana. Conforme a polícia, ele teria voltado à cidade da chacina para vender o carro e, com o dinheiro, fugir para outra cidade. O suspeito disse, no entanto, que voltou para se entregar. "Eu vi a reportagem sobre o crime passado na televisão quando estava em Jacobina e decidi voltar para me entregar. Não ia fugir", disse

A delegada Larissa Barros, da delegacia de Homicídios de Feira de Santana, disse que o suspeito tentou demonstrar arrependimento. "Demostrou frieza, apesar de fingir estar arrependido. Fingia que chorava durante o depoimento, mas não havia nenhuma lágrima", afirmou. O delegado João Uzzum informou que Gilson, que não tem nenhuma passagem pela polícia, vai para o presídio de Feira de Santana e responderá por cinco homicídios consumados, duas tentativas de homicídios e um aborto -- pois uma vítima estava grávida. A polícia também descartou a participação de outra pessoa no crime ou mesmo ajuda de terceiros para que o suspeito fugisse após a chacina. Após a apresentação na sede da Polícia Civil, a viatura onde o suspeito foi colocado para ser levado ao presídio foi cercada por populares revoltados com a chacina.

Identificação dos corpos
Os corpos das cinco vítimas da chacina permanecem no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana. Segundo o coordenador regional da polícia técnica da cidade, Celso Danilo fonseca, até esta sexta-feira, nenhuma das vítimas havia sido identificada por conta do estado em que os corpos foram encontrados. "Os corpos foram completamente carbonizados a um nível extremo. Não foi possível nem recolher digitais. Já foram realizados exames nas arcadas dentárias e ontem as famílias apresentaram documentos pessois das vítimas, como fotos de rosto. É preciso fazer o cruzamento dessas informações. Mas caso não consigamos identificar com o que temos até agora, vamos recorrer ao DNA", disse. Não há previsão para liberação dos corpos.

Ainda de acordo com Fonseca , não há sinais de que as vítimas tenham sido agredidas . "O que temos certeza é que morreram em decorrência do fogo. Não houve agressão anterior. Todos os corpos apresentaram fuligens nas traqueias, o que indica que foram queimados vivos", destacou.

Fonte: G 1