O plantio de 500 mudas de árvores por crianças da rede municipal de
ensino e também de uma escola da rede privada, ao longo de sete quilômetros
do canteiro central da Avenida Nóide Cerqueira, na manhã desta
sexta-feira, 17, ganhou a adesão imediata de vários segmentos sociais, e
é uma iniciativa do Programa Feira Sustentável, lançado no dia 15 de
abril, com vistas a promover ações de mobilização da sociedade civil.
O Feira Sustentável está inserido no Programa Ecobairro, respaldado
institucionalmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), que firmou
parceria com a Prefeitura Municipal de Feira de Santana, através da Secretaria
de Meio Ambiente.
De acordo com Paulo Santos, coordenador regional do Ecobairro, a
mobilização das crianças em torno do plantio de árvores originárias dos biomas
da Caatinga e da Mata Atlântica, a exemplo de Pau-brasil, Pau-ferro,
pau-formiga, ipê-roxo, ipê- amarelo, ipê-rosa, oiti, sibiriúna, quaresmeiras,
amoreira e angico “mostra o compromisso real do poder público em aumentar as
áreas verdes da cidade, um dos requisitos principais para ajudar nas
mudanças climáticas, e o Ecobairro está muito feliz porque Feira de Santana já
se encontra nesta direção”, disse o representante da ONU.
Quanto às árvores que serão removidas da Avenida Getúlio Vargas para a
implantação do BRT, o ambientalista ponderou que é natural que projetos desta
magnitude cause algum tipo de reação, “ mas, o mais importante é conhecer o
relatório que a secretaria de Meio Ambiente, respeitando os termos legais de
reparação de árvores para esta artéria”, disse Paulo Santos, ao ressaltar: “ O
que mais temos visto é uma ação diária no plantio de novas árvores,
portanto, nós temos que olhar o todo da cidade e ajudar o poder público a
ampliar a quantidade de árvore existente”.
Para o sociólogo Carlos Romero Carvalho, titular do Conselho Estadual de
Meio Ambiente ( organismo atrelado à Secretara Estadual de Planejamento e
Gestão Urbana (Seplan), e do Conselho de Meio Ambiente de Feira de
Santana, que defende o conceito de cidade ecologicamente equilibrada, “
quando uma criança planta uma árvore estimula a todos nós a termos um olhar de
preservação ambiental da cidade”.
Sobre a necessidade da retirada de algumas árvores da Avenida Getúlio
Vargas para a implantação de três estações do BRT, Romero, apesar de questionar
a localização do projeto, chama a atenção para o fato de que a maioria das
árvores existentes neste logradouro ser classificada como exótica, não sendo
amparada em nenhuma legislação ambiental com vistas a sua preservação, “ o que
não ocorreria se fossem espécies nativas”, afirmou.
MANUTENÇÃO DO PLANTIO
Mantendo o espaçamento de doze metros de distância entre as mudas, cada
uma das quinhentas árvores recebe o nome da criança que a plantou. Portando uma
altura média de 1,800 cm( um metros e oitocentos centímetros), em dois anos
terão copas numa altura que já produzam sombra, graças ao trabalho técnico que
foi desenvolvido desde a limpeza e aeração e controle de acidez do solo
–calagem-, e a fertilização que será feita em cobertura.
A área plantada sofrerá uma manutenção contínua, sendo regada
diariamente, em toda a sua extensão, segundo assegurou Deodato Peixinho,
diretor do Departamento de Parques e Jardins, ao ressaltar que, desde 2013, já
foram substituídas 400 árvores na cidade que se encontravam comprometidas.
“Este trabalho de substituição de árvores é de suma importância para a cidade,
e a nossa meta e chegar até o final do ano com 1.500 árvores”.
Presidida pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho, a ação foi acompanhada
por vários segmentos sociais, veículos de comunicação, lideranças políticas,
diretores e secretários e municipais.
Fonte: SECOM