Um
briga por conta de um megahair foi o que motivou o assassinato da jovem Thaiure
Silva De Araujo, 20 anos, que teve o corpo
escondido dentro de uma cama Box depois de levar cerca de 50 facadas em Feira
de Santana. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (29) pela
Polícia Civil.
A suspeita de cometer o crime é a companheira da vítima,
Taise Fortunata dos Santos, 19, que tentou fugir com o corpo em uma carroça
para jogar em um lixão da cidade. Ela foi presa em flagrante e encaminhada para
o presídio.
As duas são usuárias de drogas e moravam juntas em uma
casa alugada há cerca de três meses, na Avenida Canal, no bairro Rua Nova.
De acordo com o delegado João Uzzum, titular da 1ª
Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin/Feira de Santana), ela
alegou, em depoimento, que Thaiure teria pego seu megahair e que não teria
devolvido. "Foi então que houve a discussão entre as duas e acabou dando
no que deu", disse o delegado João Uzzum.
Durante a briga, a suspeita pegou uma faca e desferiu
golpes em várias partes do corpo da companheira. Depois do homicídio, ela
escondeu o corpo dentro da cama box enrolado em cobertores. Segundo a polícia,
a suspeita teria contratado dois carroceiros para que fizessem o transporte do
corpo até um lixão. "Os carroceiros não sabiam que o corpo estava dentro
da cama e chegaram a colocar em cima da carroça. Antes disso, ela ainda teria
pedido auxílio de uma outra pessoa para que a ajudasse a esconder o corpo, mas
essa pessoa não quis se envolver e resolveu denunciá-la", disse o
delegado.
Quando estava no percurso, a caminho do lixão, populares
descobriram o cadáver da vítima escondido, agrediram a suspeita e chamaram a
polícia. Ferida, Taise foi levada ao Hospital Geral Clériston Andrade, onde
recebeu voz de prisão.
A suspeita contou, em depoimento, que, após o homicídio,
tentou amputar uma das pernas da companheira para colocar o corpo dentro de um
caixa, mas que não conseguiu e, então, optou por esconder o cadáver no interior
da cama.
Conforme o delegado, os carroceiros já foram ouvidos
como testemunhas. Já o homem que teria sido chamado pela suspeita para ajudar
na ocultação do corpo ainda não foi
encontrado. Segundo o delegado, ele também prestará
depoimento como testemunha, já que não tem nenhum participação no crime
De acordo com o delegado João Uzzum, a suspeita
responderá por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e
impossibilidade de defesa da vitima, além de ocultação de cadáver. Caso seja condenada, pode pegar
até 30 anos de prisão.
De acordo com a polícia, Taise ficou presa por 15 dias,
no início desse ano, por ter tentado matar um ex-companheiro com um pedaço de
pau. A vítima teve o crânio afundado, mas sobreviveu.
O crime
A suspeita de cometer o assassinato foi flagrada, por volta das 14h30, no
momento em que tentava transportar em uma carroça o corpo da vítima. Na casa, a
polícia encontrou uma faca que pode ter sido a arma utilizada no crime. No
local, também foi localizado uma fronha com manchas de sangue.
Fonte: G 1