terça-feira, 11 de maio de 2021

MPT determina prazo para que Prefeitura de Feira regularize contratações ilegais

 

O Ministério Público do Trabalho determinou que a Prefeitura de Feira de Santana regularize milhares de contratos ilegais, feitos por meio de cooperativas e organizações sociais até o dia 31 de dezembro deste ano sob pena de execução de multa calculada hoje em mais de R$73 milhões.

De acordo com o órgão, o imbróglio judicial se arrasta desde 2009, quando os procuradores trabalho encaminharam à Justiça uma ação civil pública questionando o uso ilegal de cooperativas de trabalhadores para burlar concursos públicos na cidade. Segundo o MPT, podem haver mais de quatro mil terceirizados num universo de 5,7 mil servidores estatutários.

“A recomendação conjunta expedida é um alerta para os atuais gestores de que os Ministérios Público do Trabalho, do Estado e de Contas vão até as últimas consequências para executar a decisão judicial caso o município não se disponha a corrigir essa prática ilegal”, explica o procurador do MPT Ilan Fonseca.

Ele lembra que, além da multa de R$73 milhões, que pode ser estendida aos gestores, é possível haver responsabilização criminal e eleitoral. Para a também procuradora do MPT Annelise Leal, “o objetivo é corrigir as ilegalidades e a recomendação aponta o caminho para os gestores procurarem os Ministérios Públicos para negociar uma adequação de conduta.”

A recomendação estabelece o prazo de 120 dias para rescindir os contratos com cooperados, terceirizados e temporários que exerçam funções típicas da administração. O preenchimento das funções exercidas irregularmente deve, segundo a recomendação, ser preenchida mediante a contratação por concurso público de servidores.

Fonte: A Tarde

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