domingo, 23 de maio de 2021

Atlético faz história com título inédito no Baianão

 

Em mais uma partida cheia de reviravoltas, a equipe de Alagoinhas conquistou seu primeiro título baiano da história, contra o Bahia de Feira. O resultado, vitória por 3 a 2, é um mero detalhe diante da narrativa que se criou no domingo, 23, na Arena Cajueiro.

Na primeira final entre clubes do interior, ganhou quem melhor se atentou aos detalhes. Que bateu na trave no ano passado. Que jogou por 30 minutos, no segundo tempo, com um jogador a menos. E que pode, pela primeira vez, gritar "é campeão". O título garante também a presença do Carcará na fase de grupos da próxima Copa do Nordeste.

Do inferno ao céu

O início do primeiro tempo foi controlado pelo Bahia de Feira. Com maior posse de bola, os donos da casa se alocaram no campo de ataque e impuseram seu estilo de passes rápidos, impedindo o adversário de sair jogando com qualidade.

Aos 7 minutos, Pedro fez boa jogada pela direita, Deon ajeitou de cabeça para Thiaguinho, e o ponta, livre, chutou na cabeça de Edson. A bola saiu para escanteio.

A recompensa pela postura veio aos 18 minutos. Após cobrança de escanteio, a bola bateu nas costas do zagueiro do Atlético, Iran, e morreu no fundo das redes: 1 a 0 para o Tremendão.

Isso pode parecer paradoxal, mas foi a partir deste momento que a "sorte de campeão" começou a aparecer para o Carcará. Cinco minutos depois, Dionísio cobrou falta na área e um desvio de cabeça terminou com a bola no cantinho esquerdo de Jean. Precisa dizer quem foi o autor do gol? Ele mesmo: Iran.

E a etapa inicial não poderia terminar de maneira diferente, se não com um golpe de "sorte". Dionísio partiu em velocidade, tentou o chute e a bola explodiu no braço do zagueiro Wesley. Bola na marca da cal, Ronan na cobrança. Com categoria, o artilheiro do Baianão tirou de Jean e consagrou a virada atleticana: 2 a 1.

Nada abalou o Carcará

Em um repeteco do primeiro tempo, a etapa final começou com o Bahia de Feira em cima. Ansiosos pelo empate, os jogadores alugaram o campo de ataque e apostaram na troca de passes rápidos.

Aos 15 minutos, a narrativa do Atlético correu sério risco de se esvair. Gilmar foi expulso após entrada dura em Tico. Decisão que o árbitro tomou apenas após consultar o VAR, mas que pode ser contestada.

Com um a mais, o Tremendão aumentou a pressão. Aos 21 minutos, Tico invadiu a área e chutou com perigo. Inspirado, o camisa 11 voltou a assustar aos 23. De esquerda, ele mandou uma bomba de longe, cheia de efeito, e Fábio Lima fez uma belíssima defesa.

Um minuto depois, a “sorte de campeão” apareceu novamente. Minto, seria injusto chamar de sorte uma jogada tão bonita. Ronan ajeitou com categoria, encontrou Vitinho na área e este deixou Dionísio sozinho para ampliar. 

Aos 33 minutos, Fábio Lima protagonizou detalhe dos mais decisivos. Após cruzamento na área, a bola sobrou para Diones, na frente do gol, que chutou à queima roupa. Fábio abafou o chute e defendeu.

O goleiro ainda falharia, aos 45 minutos da etapa final, e daria ao jogo mais uma carga de emoção. Após cobrança de escanteio, Pelé se antecipou a ele para mandar para dentro, de cabeça. Não adiantou. Nada abalou o Carcará. A taça, em 2021, é do Atlético.

 Fonte: A Tarde

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