De saída do DEM após desavenças
internas com o presidente do partido, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, por
conta da sua sucessão na Câmara, o ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia, em
processo de filiação ao PSD, afirmou acreditar que o antigo correligionário
possa sair como vice-presidente na chapa de reeleição do presidente Jair
Bolsonaro (Sem partido) em 2022.
A declaração de Maia, que já foi
negada diversas vezes por Neto, foi dada em entrevista para a Rádio Metrópole,
nesta segunda-feira, 10. De acordo com ele, o cacique democrata estaria
articulando a posição do partido com o Planalto com a intenção de apoiar o
ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), como candidato ao governo da
Bahia.
"Não tenho muita informação, mas
é minha análise. É como vejo a construção do Democratas nesse momento, muito
próximo do Planalto. E se minha análise estiver certa, Roma é candidato a
governador da Bahia", afirmou.
Na análise de Maia, a anulação da
condenação de Lula, que devolveu os direitos políticos ao ex-presidente, mexeu
com o cenário político baiano, fortalecendo o PT para o pleito de 2022, onde o
ex-governador Jaques Wagner será o candidato, e minando a candidatura de Neto.
Apesar da afirmação de Maia, é
notório que o clima entre Roma e Neto, antigos aliados, não estar muito
bem após o atual ministro da Cidadania aceitar o convite do
presidente Jair Bolsonaro para assumir a pasta. Ainda de acordo com Maia,
Neto articulou para que seu então aliado assumisse o Ministério, mas a
baixa na popularidade de Bolsonaro fez com que o político recuasse e rompesse
laços com Roma.
"Na minha opinião, ele queria
que Roma fosse ministro. Trabalhou efetivamente, mas depois recuou pra valer
com medo da repercussão. ACM Neto não tem coragem de assumir Bolsonaro porque a
rejeição é muito grande na Bahia. Depois ele tentou tirar João Roma, mas ele
prevaleceu", disse Maia.
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