O Campo do Gado retornou às atividades
normais, depois do período de fechamentos intercalados em função da pandemia do
coronavírus. Agora, a perspectiva da cadeia produtiva da pecuária é dos
negócios voltarem a crescer gradativamente e reaquecer o comércio.
A
movimentação no Campo do Gado foi acompanhada pelo secretário do Trabalho,
Turismo e Desenvolvimento Econômico (Settdec), Antônio Carlos Borges Júnior,
nesta segunda-feira, 17. Ele esteve no equipamento mantido pela Prefeitura com
o novo gestor, Gleidison Cunha, para avaliar o desempenho das atividades e
levantar um diagnóstico visando a definição de novas ações para impulsionar as
atividades.
Até
pouco tempo, o Campo do Gado chegou a comercializar cerca de 600 bovinos por
semana, vindos de diversas cidades da macrorregião. E o resultado era a
movimentação de mais de R$ 2 milhões por mês.
Além
do comércio de bovinos, o Campo do Gado também tem a economia movimentada pelo
setor produtivo que gira em torno da agropecuária, com selarias e insumos. Mas
atrai também restaurantes e até mesmo o comércio de equinos e muares.
Durante
a visita ao local, Antônio Carlos Borges Júnior observou a entressafra no
comércio do gado. “Existe uma quantidade muito pouca de ofertantes, em função
do momento de engorda. Então, o preço do animal subiu e a revenda praticamente
não está existindo. O momento é muito delicado, onde o consumo também caiu um
pouco”, afirmou.
Mesmo
diante desta situação, o secretário observa que a retomada dos negócios já está
ocorrendo gradativamente. “Os comerciantes do Campo do Gado já estão começando
a fazer mais negócios. E com isso, a perspectiva é muito grande de melhoria do
setor da pecuária na nossa região”, avaliou.
No
curral, a constatação do aumento nos preços do gado. A arroba do boi está
custando R$ 250,00, enquanto a arroba do bezerro custa R$ 350,00 e com oferta
muito pequena de gado, que está sendo mantida em confinamento nos pastos pelos
pecuaristas em função da entressafra.
Conforme
avalia o secretário, outro fator que está interferindo nas transações
comerciais do Campo do Gado é a iniciativa dos pecuaristas de estarem optando
em vender diretamente para os frigoríficos ou para a exportação. “Vimos também
que em função dos valores, os pecuaristas optaram pela engorda, fazendo com que
a oferta seja pequena e o preço suba dessa forma”, analisou.
Mesmo
assim, o entreposto já está atraindo de volta outros setores da economia
que giram em torno da agropecuária, a exemplo de veículos de frete. Nesta
segunda-feira foram encontrados no local mais de 10 caminhões boiadeiros,
buscando alternativas de sua volta para o mercado após a interrupção das
atividades em função pandemia do coronavírus. “Tivemos quase dois meses de
equipamento fechado, abria com a flexibilização dada pelo prefeito quando abria
o comércio, mas, mesmo assim, a volta ao movimento está lenta, gradual mas
consistente”, concluiu Antônio Carlos Borges Júnior.
Fonte: Secom
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