Uma distribuidora de calçados situada no
bairro Muchila foi flagrada em funcionamento, lotada de clientes e
funcionários, pela Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) nesta quinta-feira,
28. A força-tarefa está fiscalizando o cumprimento do Decreto Municipal que
estabelece medidas restritivas para evitar a disseminação acelerada do
coronavírus na cidade.
A
empresa estava com uma das portas abertas pela metade e atendendo normalmente.
O fato que chamou atenção da equipe de fiscalização foi que o prédio da loja,
de médio porte, comportava 70 pessoas, incluindo 14 funcionários. Questionado
pela reportagem da Secretaria de Comunicação Social, o proprietário da empresa
afirmou não acreditar nos riscos "noticiados pela mídia" acerca do
coronavírus.
"Eu
não tenho medo e não acredito nessa pandemia. Eu não acredito no que está acontecendo
de fato. A mídia e que está expondo isso. Mas não é de verdade", afirmou.
O empresário informou ainda que a presença de pessoas foi grande porque os
clientes combinaram de comprar nesta quinta-feira. "O pessoal só veio
nessa quantidade porque é de fora de Feira de Santana e queria ser atendido
hoje", justificou.
A
diretora do Departamento de Indústria, Comércio e Serviços da Settdec, Márcia
Ferreira, observou que a situação flagrada pela FPI é um típico exemplo de
risco a saúde pública neste momento de pandemia. "As pessoas estavam
amontoadas, umas sobre as outras. Contrariando totalmente as recomendações das
autoridades de saúde". A equipe de fiscalizacao lacrou a loja. O caso foi
informado ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Iniciada
no último dia 21, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) já fechou e
interditou 244 estabelecimentos e pontos de aglomeração. Somente nesta
quinta-feira, 28, foram 97 ações desse tipo.
A
operação executada pela Prefeitura de Feira de Santana conta com a participação
das secretarias de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico; Prevenção a
Violência e Promoção dos Direitos Humanos; Saúde; Meio Ambiente; Transportes e
Trânsito; Serviços Públicos e Administração, além do Procon, Procuradoria Geral
e Superintendência de Trânsito. Todos contando com o imprescindível suporte da
Polícia Militar, através de vários de seus aparatos.
Fonte: Secom/Foto/Washington Nery
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