Primeiro secretário de Comunicação no tempo
do prefeito Colbert Martins que criou a secretaria e titular da secretaria de
Cultura, quando instituiu o Natal Encantado de Feira de Santana, já no tempo do
prefeito José Ronaldo, o jornalista Jailton Batista se revela um grande
escritor. Sua nova obra- O Filho da Madre, que será lançado na próxima
sexta-feira é baseado na vida do ex-prefeito Joselito Amorim, cujo “enredo de
vida se confunde com uma obra de ficção”. Veja o que diz Jailton sobre o livro
(Adilson Simas)
O
FILHO DA MADRE - NOTA DO AUTOR
O
filho da madre é um livro inteiramente baseado na vida de um personagem às
vésperas de completar 100 anos de idade: o professor de Matemática e político
baiano Joselito Falcão de Amorim, cujo enredo de vida se confunde com uma obra
de ficção, tão fascinantes quanto inacreditáveis foram os episódios que se
desdobraram em quase um século de existência.
Fruto
de uma única noite de amor de uma jovem descendente de uma sólida aristocracia
com um alemão importador de tabaco, com poucos dias de nascido ele foi entregue
a uma pobre lavadeira para que a ele desse um sumiço - ou um destino.
A
vida, contudo, foi lhe bafejando com lances inacreditáveis de sorte, e ele se
tornou um reconhecido professor de Matemática e um político vitorioso, amigo do
general Castelo Branco, alcançando o cargo de prefeito da segunda maior cidade
da Bahia, Feira de Santana, além de presidente do Tribunal de Contas do Estado,
diretor de importante empresa estatal eum militar de carreira vertiginosa.
A
sua mãe, a jovem Deolinda Falcão, aos vinte anos de idade, depois de dar à luz,
foi mandada ao desterro de um convento, morrendo poucos anos depois supostamente
de depressão, por não suportar a clausura.
O pai de Joselito foi o senhor... Bem, aí é onde o autor introduz a ficção, que se estende ao universo de Bertolina, a velha engomadeira. Na impossibilidade de levantar precisamente em Salvador, Feira de Santana e Hamburgo, na Alemanha, a verdadeira identidade do alemão que em 1918 foi recepcionado no palacete do senhor Manoel Ribeiro Falcão e com sua filha se deitou uma noite, acabei arranjando um pai fictício para ele.
O pai de Joselito foi o senhor... Bem, aí é onde o autor introduz a ficção, que se estende ao universo de Bertolina, a velha engomadeira. Na impossibilidade de levantar precisamente em Salvador, Feira de Santana e Hamburgo, na Alemanha, a verdadeira identidade do alemão que em 1918 foi recepcionado no palacete do senhor Manoel Ribeiro Falcão e com sua filha se deitou uma noite, acabei arranjando um pai fictício para ele.
Na
lista de passageiros alemães que desembarcaram no porto de Salvador naquele ano
não era possível deduzir qual deles viera fazer negócios com o exportador de
tabaco, pois os nomes de suas companhias não eram registrados. Além disso, os
documentos oficiais da velha firma Ribeiro Sr. Falcão desapareceram.
Poderia
ter investigado mais sobre os negócios do senhor Falcão em Bremen e Hamburgo,
para onde exportava frequentemente seu fumo, mas como não sou historiador e
tinha pressa, restringi meu interesse em torno da madre Deolinda Falcão e seu
fruto proibido.
A
negra lavadeira que recebeu a incumbência de dar-lhe um fim, também não tem sua
identidade verdadeira, pois seu nome foi esquecido pelos pais que o adotaram e
pelo próprio Joselito Amorim. Contudo, seu endereço e sua pobre vida existiram
no bairro Tanque do Urubu, na periferia de Feira de Santana, Bahia.
Fora
isso e a licença que o escritor tem para construir sua obra, tudo o mais foi
baseado em fatos reais, levantamentos históricos, longas entrevistas com o
professor Amorim, viagens exploratórias a Hamburgo e Frankfurt e depoimentos de
muitas pessoas vinculadas por laços de família ou afinidade aos personagens do
romance.
Naturalmente,
a narrativa está eivada pela fantasia do autor, especialmente na construção dos
cenários. Exceto o sr. Kurt Wilhelm Rudolf, Elga, sua esposa, seu amigo Heinz
Schreder, Bertolina, a negra Berta, e a madre Maria
Gorete, os nomes das demais pessoas que aparecem em “O filho da madre” são
todos reais.
Fonte: SECOM
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