No ano passado, 12.794 pessoas de Feira de
Santana se submeteram aos exames de sangue que detectam a presença do vírus HIV
no organismo. Destes, 360 – que correspondem a 2,7% do total, foram
diagnosticados com a doença e inseridos nas estatísticas como novos. Em 2017 o
número de casos chegou a 366.
Nos
últimos dois anos, o Programa IST/HIV/Aids observou uma constância em relação a
novas contaminações pelo HIV, mas um crescimento significativo quando
comparados estes números com os verificados em 2016, que teve 281 novos
diagnosticados, crescimento de pouco mais de 30% em relação ao ano anterior.
Em
Feira, geralmente jovens, entre 20 e 39 anos – que estão na idade produtiva e
reprodutiva, são quem mais apresentam resultados positivos à doença. Os homens
são maioria, mas o número de mulheres está crescendo.
O
aumento no número de pessoas que contraíram a doença, diz Caroline Oliveira,
que supervisora o programa no município, está diretamente relacionada à oferta
de exames oferecidos à população. “Quanto mais pessoas se submetem ao exame,
mais novos casos são detectados”. Portanto, a relação é direta.
Exames
podem ser marcados todos os dias úteis – a solicitação deve ser presencial e
obedecer calendário. Entretanto, as grávidas teem prioridade.
As
campanhas realizadas ao longo do ano e a oferta dos testes rápidos em períodos
pontuais como a Micareta, cujos resultados são apresentados em até 20 minutos,
também contribuem para esta evolução. O programa também oferece testes
convencionais.
Mas,
diz a supervisora, existem algumas condicionantes para que o teste rápido seja
aplicado, como ter mantido uma relação sexual sem a devida proteção – o uso do
preservativo é o meio mais seguro de evitar a contaminação pelo vírus que, se
não devidamente tratado, provoca a aids.
Na
unidade, o setor de enfermagem observa se o teste a ser usado é o convencional
ou o rápido. Entretanto, deve-se observar a janela imunológica, que é o período
de incubação de cinco a 30 dias, no qual o organismo leva para produzir
anticorpos contra o HIV, a partir da infecção, que é detectado no exame de
sangue.
Se
positivo, a pessoa é orientada a procurar imediatamente os especialistas na
unidade – equipe formada das áreas da infectologia, psicologia, enfermagem,
assistência social, entre outras. Os medicamentos são indicados depois de
analisada a carga viral no organismo.
Fonte: SECOM
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