terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Em 2018, Feira registrou 360 novos casos de contaminados com HIV


No ano passado, 12.794 pessoas de Feira de Santana se submeteram aos exames de sangue que detectam a presença do vírus HIV no organismo. Destes, 360 – que correspondem a 2,7% do total, foram diagnosticados com a doença e inseridos nas estatísticas como novos. Em 2017 o número de casos chegou a 366.
Nos últimos dois anos, o Programa IST/HIV/Aids observou uma constância em relação a novas contaminações pelo HIV, mas um crescimento significativo quando comparados estes números com os verificados em 2016, que teve 281 novos diagnosticados, crescimento de pouco mais de 30% em relação ao ano anterior.
Em Feira, geralmente jovens, entre 20 e 39 anos – que estão na idade produtiva e reprodutiva, são quem mais apresentam resultados positivos à doença. Os homens são maioria, mas o número de mulheres está crescendo.
O aumento no número de pessoas que contraíram a doença, diz Caroline Oliveira, que supervisora o programa no município, está diretamente relacionada à oferta de exames oferecidos à população. “Quanto mais pessoas se submetem ao exame, mais novos casos são detectados”. Portanto, a relação é direta.
Exames podem ser marcados todos os dias úteis – a solicitação deve ser presencial e obedecer calendário. Entretanto, as grávidas teem prioridade.
As campanhas realizadas ao longo do ano e a oferta dos testes rápidos em períodos pontuais como a Micareta, cujos resultados são apresentados em até 20 minutos, também contribuem para esta evolução. O programa também oferece testes convencionais.
Mas, diz a supervisora, existem algumas condicionantes para que o teste rápido seja aplicado, como ter mantido uma relação sexual sem a devida proteção – o uso do preservativo é o meio mais seguro de evitar a contaminação pelo vírus que, se não devidamente tratado, provoca a aids.
Na unidade, o setor de enfermagem observa se o teste a ser usado é o convencional ou o rápido. Entretanto, deve-se observar a janela imunológica, que é o período de incubação de cinco a 30 dias, no qual o organismo leva para produzir anticorpos contra o HIV, a partir da infecção, que é detectado no exame de sangue.
Se positivo, a pessoa é orientada a procurar imediatamente os especialistas na unidade – equipe formada das áreas da infectologia, psicologia, enfermagem, assistência social, entre outras. Os medicamentos são indicados depois de analisada a carga viral no organismo.
Fonte: SECOM

Nenhum comentário:

Postar um comentário