Considerada a maior intervenção urbanística realizada no
município de Feira de Santana, a requalificação da Lagoa Grande prossegue, com
previsão de término no primeiro semestre de 2022. Desde o início das obras, o
Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano (CONDER), já
realizou a limpeza, dragagem e urbanização da lagoa, bem como a implantação da
rede de esgotamento sanitário em diversas ruas no entorno e melhorias na
infraestrutura das vias e das unidades habitacionais. A última etapa do projeto
inclui obras de microdrenagem, saneamento e tratamento de esgoto.
A lagoa abriga
espécies da fauna e da flora típicas da segunda maior cidade baiana, conhecida
como Princesa do Sertão. A área foi transformada em um centro de lazer ideal
para a prática esportiva, reunindo pista de cooper, ciclovia, campo de futebol,
quadras poliesportivas, academias ao ar livre e parques infantis.
“É uma obra,
realmente, de características singulares. O governo do Estado entregou cerca de
612 habitações, além de toda recuperação do espelho d’água dessa lagoa, que tem
cerca de 190 mil metros quadrados, e toda a urbanização dessa área; parte
de caminhos, passeios, ligação domiciliares. Ao final da obra, cerca de 120
ruas terão sido contempladas com sete mil ligações de esgoto”, detalha o
diretor de Habitação e Urbanização da CONDER, Maurício Mathias.
Ao todo, a
área de intervenção do projeto tem mais de um milhão de metros quadrados para
atender toda a Bacia da Lagoa Grande. Além das obras de requalificação
sanitária, a população foi beneficiada com a construção de um centro
comunitário, creche, posto de saúde, galpão para reciclagem de resíduos sólidos
e um centro comercial, conforme a gestão estadual.
De acordo com
o governo, além de poder morar em imóveis com toda infraestrutura urbana, com
água tratada, esgoto, iluminação pública, drenagem e pavimentação, os
beneficiados receberam a regularização fundiária para garantir a segurança
jurídica, a partir da emissão sem custo da documentação do imóvel.Também foram
utilizados recursos na ordem de R$ 4,4 milhões em indenizações para as famílias
que residiam na poligonal do projeto que precisaram ser realocadas.
Na Etapa III
foram executados os serviços no espelho d’água da lagoa e no seu entorno,
contemplando a limpeza e a remoção de resíduos poluentes, a urbanização do
entorno, com a construção de áreas de vivência públicas e a execução da
macrodrenagem, responsável pela captação das águas pluviais acumuladas pelas
contribuições dos bairros circundantes (canais de macrodrenagem), assim como dos
componentes hidráulicos responsáveis pelo controle de vazão e pela emissão da
água para o corpo hídrico correspondente (vertedouro e galeria,
respectivamente). A limpeza do espelho d’água foi realizada, com a retirada da
vegetação que se prolifera em ambientes insalubres e de toneladas do material
orgânico acumulado no solo.
Na Etapa IV,
o projeto contempla a implantação do sistema de esgotamento sanitário nos
bairros adjacentes, que vão deixar de contribuir para a poluição da lagoa.
Estão previstas em todo o projeto sete mil ligações domiciliares, sendo que
deste total 50% já foi executado. São 11 mil metros lineares de rede coletora
de esgoto. Após a finalização desta etapa, as ruas recebem novo pavimento, de
acordo com a CONDER.
A Etapa IV foi
dividida em três partes. A primeira foi concluída com a implantação da rede de
esgoto em 3.620 residências. Além disso, foram executados os principais
componentes do sistema de esgotamento sanitário, interceptores, coletores
tronco, duas estações elevatórias e o emissário. Na fase seguinte, já concluída
em março deste ano, foi implementado o sistema de operação das estações
elevatória com a implantação dos conjuntos motobomba e quadros de automação. A
Embasa já iniciou a operacionalização do sistema com a coleta do esgoto, para
as residências que já possuem ligações domiciliares.
Fonte: A Tarde
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