sábado, 4 de setembro de 2021

Obra de requalificação de Lagoa Grande será concluída no primeiro semestre de 2022


Considerada a maior intervenção urbanística realizada no município de Feira de Santana, a requalificação da Lagoa Grande prossegue, com previsão de término no primeiro semestre de 2022. Desde o início das obras, o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano (CONDER), já realizou a limpeza, dragagem e urbanização da lagoa, bem como a implantação da rede de esgotamento sanitário em diversas ruas no entorno e melhorias na infraestrutura das vias e das unidades habitacionais. A última etapa do projeto inclui obras de microdrenagem, saneamento e tratamento de esgoto.

A lagoa abriga espécies da fauna e da flora típicas da segunda maior cidade baiana, conhecida como Princesa do Sertão. A área foi transformada em um centro de lazer ideal para a prática esportiva, reunindo pista de cooper, ciclovia, campo de futebol, quadras poliesportivas, academias ao ar livre e parques infantis.

“É uma obra, realmente, de características singulares. O governo do Estado entregou cerca de 612 habitações, além de toda recuperação do espelho d’água dessa lagoa, que tem cerca de 190 mil metros quadrados, e toda a urbanização dessa área; parte de caminhos, passeios, ligação domiciliares. Ao final da obra, cerca de 120 ruas terão sido contempladas com sete mil ligações de esgoto”, detalha o diretor de Habitação e Urbanização da CONDER, Maurício Mathias.

Ao todo, a área de intervenção do projeto tem mais de um milhão de metros quadrados para atender toda a Bacia da Lagoa Grande. Além das obras de requalificação sanitária, a população foi beneficiada com a construção de um centro comunitário, creche, posto de saúde, galpão para reciclagem de resíduos sólidos e um centro comercial, conforme a gestão estadual.

Etapas - O projeto foi dividido em quatro etapas. As duas primeiras compreenderam a implantação de 612 unidades habitacionais no Núcleo Habitacional Conceição para famílias que viviam em condições precárias e com irregularidade fundiária, em casas em local inadequado e insalubres, com ausência de infraestrutura.

De acordo com o governo, além de poder morar em imóveis com toda infraestrutura urbana, com água tratada, esgoto, iluminação pública, drenagem e pavimentação, os beneficiados receberam a regularização fundiária para garantir a segurança jurídica, a partir da emissão sem custo da documentação do imóvel.Também foram utilizados recursos na ordem de R$ 4,4 milhões em indenizações para as famílias que residiam na poligonal do projeto que precisaram ser realocadas.

Na Etapa III foram executados os serviços no espelho d’água da lagoa e no seu entorno, contemplando a limpeza e a remoção de resíduos poluentes, a urbanização do entorno, com a construção de áreas de vivência públicas e a execução da macrodrenagem, responsável pela captação das águas pluviais acumuladas pelas contribuições dos bairros circundantes (canais de macrodrenagem), assim como dos componentes hidráulicos responsáveis pelo controle de vazão e pela emissão da água para o corpo hídrico correspondente (vertedouro e galeria, respectivamente). A limpeza do espelho d’água foi realizada, com a retirada da vegetação que se prolifera em ambientes insalubres e de toneladas do material orgânico acumulado no solo. 

Na Etapa IV, o projeto contempla a implantação do sistema de esgotamento sanitário nos bairros adjacentes, que vão deixar de contribuir para a poluição da lagoa. Estão previstas em todo o projeto sete mil ligações domiciliares, sendo que deste total 50% já foi executado. São 11 mil metros lineares de rede coletora de esgoto. Após a finalização desta etapa, as ruas recebem novo pavimento, de acordo com a CONDER.

A Etapa IV foi dividida em três partes. A primeira foi concluída com a implantação da rede de esgoto em 3.620 residências. Além disso, foram executados os principais componentes do sistema de esgotamento sanitário, interceptores, coletores tronco, duas estações elevatórias e o emissário. Na fase seguinte, já concluída em março deste ano, foi implementado o sistema de operação das estações elevatória com a implantação dos conjuntos motobomba e quadros de automação. A Embasa já iniciou a operacionalização do sistema com a coleta do esgoto, para as residências que já possuem ligações domiciliares.Esta última etapa, em curso, contempla a implantação das redes coletoras e ligações domiciliares restantes para atender todas as residências da localidade, totalizando, ao fim do projeto, aproximadamente 7 mil habitações atendidas. Na conclusão da obra, todas as residências inseridas na poligonal serão atendidas pela coleta de esgoto doméstico, que é a função do sistema de esgotamento sanitário que está sendo implantado pela CONDER.

Fonte: A Tarde

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