Desde a última sexta-feira
(24), alguns comerciantes do Shopping Popular Cidade das Compras, tiveram o
fornecimento de energia suspenso por falta de pagamento. É o caso de Maria
Eunice de Jesus, que comercializa roupas fitness e tênis no local.
De
acordo com Maria Eunice explicou que o fraco movimento no espaço está
impossibilitando que os comerciantes possam ter uma renda positiva, seja para
levar o 'pão de cada dia', quanto honrar com os compromissos.
"Nós estamos trabalhando
aqui no escuro, tentando ganhar um dinheiro para repor o que estamos devendo,
mas infelizmente a gente não vende nada aqui, estamos em um local que ainda
está em construção, minhas mercadorias por exemplo ficam sujas e agora este
constrangimento de três dias sem energia no meu boxe. Aqui eu vendo tênis,
roupas de academia, tento vender um pouquinho de cada coisa para juntar e pagar
as contas, vendo produtos pela internet, faço entrega, tudo para tentar uma
solução", disse.
Ainda
de acordo Maria Eunice, pelo fraco movimento no Shopping Popular, tem semana
que não é comercializado nenhum produto.
"Para ser sincera, eu
vendo até mais fora do que aqui dentro, porque tem dia que não vendo um real,
passo uma semana sem vender. Infelizmente o que estou vendendo não dá para
pagar o aluguel, eu fui camelô ali na Avenida Senhor dos Passos por mais de 40
anos, criei meu filho e conseguir levar o pão pra casa, mas aqui não está tendo
condições", declarou.
Passando
pela mesma situação, Uilton Santos que é lojista e vende camisas de times de
futebol, decidiu também incluir lanches, para tentar aumentar a renda.
Segundo
ele, ainda não é o suficiente para pagar as taxas de manutenção do
empreendimento.
"Eu
estou trabalhando aqui no escuro, passando por necessidades, para tentar pagar
esse boleto que realmente não tenho condições de pagar. É no valor de R$ 189,
já coloquei aqui uma mesa com cafezinho, lanches, junto com as camisas de time,
mas realmente não entra muita coisa, no máximo que eu vendo aqui por dia é R$
10, R$ 20, até R$ 40", contou.
Para o senhor Uilton, é
necessário que se tenha investimento no espaço como forma de atrair o público.
"Eles
precisam colocar uma casa lotérica, um caixa eletrônico, tudo para movimentar
aqui o Shopping Popular e assim a gente ver se consegue vender, porque até
agora, não temos nada", afirmou.
De
acordo com Elizabete Araújo que também é comerciante e faz parte da Associação
em Defesa dos Camelôs, cerca de 100 boxes foram notificados por falta de
pagamento.
"O consórcio está
suspendendo o fornecimento de energia por conta da inadimplência que está alta.
Recentemente recebemos a informação de um aval, que a concessionária deveria
notificar os comerciantes com 45 dias de atraso e realmente tem muita gente aí
com dois, três até quatro boletos sem pagar porque não está tendo o fluxo de
movimento. Por enquanto que tenho ciência, foram mais de 100 notificações e a
partir daí, muita gente correu atrás, pegou dinheiro emprestado para fazer o
pagamento, mas quem não conseguiu, está dessa forma aí com o boxe sem a energia",
relatou.
Ainda
de acordo com Elizabete, uma reunião será realizada para tentar viabilizar mais
uma vez o processo de carência para os comerciantes.
"A carência vence nesse
mês de outubro e esta será uma nova discussão que teremos com o prefeito. Vamos
fazer uma reunião e rever esse ponto. Então assim, é bem claro que com a
inadimplência somente do condomínio, que a gente não consegue dar conta do
aluguel, porque não temos os clientes", concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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