segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Comerciantes do Shopping Popular têm fornecimento de energia suspenso por falta de pagamento


 

Desde a última sexta-feira (24), alguns comerciantes do Shopping Popular Cidade das Compras, tiveram o fornecimento de energia suspenso por falta de pagamento. É o caso de Maria Eunice de Jesus, que comercializa roupas fitness e tênis no local.

De acordo com Maria Eunice explicou que o fraco movimento no espaço está impossibilitando que os comerciantes possam ter uma renda positiva, seja para levar o 'pão de cada dia', quanto honrar com os compromissos.

"Nós estamos trabalhando aqui no escuro, tentando ganhar um dinheiro para repor o que estamos devendo, mas infelizmente a gente não vende nada aqui, estamos em um local que ainda está em construção, minhas mercadorias por exemplo ficam sujas e agora este constrangimento de três dias sem energia no meu boxe. Aqui eu vendo tênis, roupas de academia, tento vender um pouquinho de cada coisa para juntar e pagar as contas, vendo produtos pela internet, faço entrega, tudo para tentar uma solução", disse.

Ainda de acordo Maria Eunice, pelo fraco movimento no Shopping Popular, tem semana que não é comercializado nenhum produto.

"Para ser sincera, eu vendo até mais fora do que aqui dentro, porque tem dia que não vendo um real, passo uma semana sem vender. Infelizmente o que estou vendendo não dá para pagar o aluguel, eu fui camelô ali na Avenida Senhor dos Passos por mais de 40 anos, criei meu filho e conseguir levar o pão pra casa, mas aqui não está tendo condições", declarou.

Passando pela mesma situação, Uilton Santos que é lojista e vende camisas de times de futebol, decidiu também incluir lanches, para tentar aumentar a renda.

Segundo ele, ainda não é o suficiente para pagar as taxas de manutenção do empreendimento.

"Eu estou trabalhando aqui no escuro, passando por necessidades, para tentar pagar esse boleto que realmente não tenho condições de pagar. É no valor de R$ 189, já coloquei aqui uma mesa com cafezinho, lanches, junto com as camisas de time, mas realmente não entra muita coisa, no máximo que eu vendo aqui por dia é R$ 10, R$ 20, até R$ 40", contou.

Para o senhor Uilton, é necessário que se tenha investimento no espaço como forma de atrair o público.

"Eles precisam colocar uma casa lotérica, um caixa eletrônico, tudo para movimentar aqui o Shopping Popular e assim a gente ver se consegue vender, porque até agora, não temos nada", afirmou.

De acordo com Elizabete Araújo que também é comerciante e faz parte da Associação em Defesa dos Camelôs, cerca de 100 boxes foram notificados por falta de pagamento.

"O consórcio está suspendendo o fornecimento de energia por conta da inadimplência que está alta. Recentemente recebemos a informação de um aval, que a concessionária deveria notificar os comerciantes com 45 dias de atraso e realmente tem muita gente aí com dois, três até quatro boletos sem pagar porque não está tendo o fluxo de movimento. Por enquanto que tenho ciência, foram mais de 100 notificações e a partir daí, muita gente correu atrás, pegou dinheiro emprestado para fazer o pagamento, mas quem não conseguiu, está dessa forma aí com o boxe sem a energia", relatou.

Ainda de acordo com Elizabete, uma reunião será realizada para tentar viabilizar mais uma vez o processo de carência para os comerciantes.

"A carência vence nesse mês de outubro e esta será uma nova discussão que teremos com o prefeito. Vamos fazer uma reunião e rever esse ponto. Então assim, é bem claro que com a inadimplência somente do condomínio, que a gente não consegue dar conta do aluguel, porque não temos os clientes", concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

 

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