Familiares do médico pediatra Júlio Cesar de Queiroz Teixeira,
de 44 anos, assasinado em seu consultório enquanto trabalhava na manhã da
quinta-feira, 23, em Barra, no Oeste do estado, estão indignados com a
conclusão das investigações da Polícia Civil da Bahia e contestam a versão
apresentada sobre o crime.
Preso na
última segunda-feira, 27, na mesma cidade, Jefferson Ferreira, o autor dos
disparos, disse a polícia que o homicídio teria sido encomendado por R$ 4mil,
por um homem que vingaria um suposto assédio sofrido por sua mulher.
A versão
apresentada pelo assassino contradiz as acusações feitas pela família do
médico, que afirma que o crime teria sido motivado após o pediatra alertar uma
família sobre sinais de abuso sexual apresentados em criança atendida por ele.
O caso teria ocorrido em 2016, no município de Buritirama, uma das cidades
atendidas pelo profissional.
Segundo
Geraldino Teixeira, irmão da vítima, a explicação apontada pelas autoridades é um
desrespeito à memória do médico e fere os sentimentos da família. ‘Além de não
terem sido localizados o mandante do crime e a mulher, não há registros de
quando ou onde o assédio teria acontecido’, ressaltou Geraldino Teixeira.
Júlio César Teixeira foi atingido por quatro tiros, um deles na cabeça, enquanto trabalhava na quinta-feira, 23, em seu consultório da cidade de Barra, no interior da Bahia. Ele chegou a ser socorrido por funcionários da clínica e levado a um hospital da região mas não resistiu aos ferimentos.
O assassinato
foi presenciado por sua esposa, que era enfermeira e o acompanhava durante os
atendimentos, dois funcionários, além de uma criança e seu responsável.
Mais novo de
três irmãos, o médico, natural de Xique-Xique, deixa dois filhos, de 5 e 8 anos
de idade.
Uma missa de sétimo dia aconteceu na manhã desta quarta-feira,
29, às 7h, na Igreja Matriz de Xique-Xique seguida por uma manifestação
silenciosa por parte de populares. Acontece ainda, nesta quarta, uma segunda
missa em homenagem ao médico no Santuário Nossa Senhora de Fátima, às 19h, no
bairro do Garcia, em Salvador.
Fonte: A Tarde
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