Não apenas os vereadores de oposição, mas também governistas, se manifestam favoráveis a uma reivindicação feita ao prefeito Colbert Martins Filho, na Tribuna Livre da Câmara, recentemente: a substituição, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), da diretora do órgão, enfermeira Maysa Macedo. A medida foi proposta pelos parlamentares após as denúncias levadas a público, contra a gestora, pelo servidor Rafael Santos da Silva, que esteve no espaço democrático da Casa da Cidadania na última quinta e apresentou a dramática situação que enfrenta toda a equipe de trabalho, em virtude da precariedade na estrutura do SAMU feirense.
A presidente do Legislativo, Eremita Mota (PSDB), disse que, com
o número insuficiente de ambulâncias em funcionamento, a população apela aos
vereadores para solicitar a aquisição de novos veículos. Ela mesma diz ter
recebido este pedido de vários munícipes, especialmente dos distritos e
comunidades rurais feirenses. Preocupada com a qualidade do serviço prestado à
população e com as condições de trabalho dos funcionários da instituição,
conclamou os colegas a realizar visitas na sede e fiscalizar a situação do SAMU
no município.
Jhonatse Monteiro (PSOL) disse que o sistema de registro de
ocorrências é feito à mão e tem porta de ambulância presa por gaze”. Segundo o
parlamentar, estes e outros problemas foram observados no final de 2023, quando
visitou a unidade-sede. Ele reforça que as demandas dos servidores já foram
denunciadas na mídia e entregues, formalmente, à Secretaria Municipal de Saúde
e à coordenação do serviço. No entanto, diz que nada foi feito e alerta que a
categoria ameaça paralisar as atividades na próxima quinta-feira (28).
Os problemas enfrentados pelos profissionais da saúde também se
estendem aos motoristas das ambulâncias, acrescenta o vereador Edvaldo Lima
(MDB). Segundo ele, a categoria não é reconhecida como condutora de veículos
pesados e seus vencimentos são equiparados aos profissionais de veículos leves.
“Sou motorista, atuei por muito tempo no transporte pesado. Sei da
responsabilidade, principalmente neste caso do SAMU, que trafega pela nossa
cidade conduzindo pacientes”.
Os profissionais, conforme Professor Ivamberg (PT), não têm “as
condições mínimas de. Para ele, a situação de “abandono” da instituição é
reflexo da coordenação da enfermeira Maiza Macedo, que ocupa o cargo há cerca
de 20 anos. Por essa razão, ele defende a substituição da coordenadora e
afirma: “vamos fazer um movimento nesta Casa para que o prefeito mude a
coordenação. Se ele não está resolvendo, vamos fazer com que resolva”.
Na opinião do vereador Silvio Dias (PT), o atual cenário comentado pelos servidores do SAMU é “o retrato do estado no qual se encontra a saúde no município de Feira de Santana: completamente abandonada”. Para Luiz da Feira (Avante), é “vergonhoso” que a segunda maior cidade do estado da Bahia tenha apenas três viaturas e uma moto do SAMU em circulação. “Pacientes já me ligaram para reclamar por terem aguardado por mais de uma hora e meia pela chegada de uma ambulância”.
Por fim, o vereador Jurandy Carvalho (PL), afirmou que a
categoria está correta em expor as suas demandas e reivindicar por direitos,
especialmente devido a importância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
para a população. Em concordância, Pedro Cícero (Cidadania) parabenizou o
trabalho executado pelos servidores do SAMU, mesmo em meio às atuais circunstâncias
observadas na instituição.
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