quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Postos de saúde da Prefeitura suspendem serviços, devido a atraso salarial

 

Vários postos de saúde de responsabilidade da Prefeitura de Feira de Santana estão com o atendimento ao público comprometido, segundo reclamaram hoje (11), na sessão da Câmara, vários vereadores. Eles estão fundamentados em relatos que ouvem de cidadãos, mas também de sua própria observação em visita às comunidades. Enfermeira de formação, a vereadora Lu de Ronny (MDB) disse que uma dessas unidades que se encontram com os serviços suspensos é o PSF (Saúde da Família) do bairro Jussara. Ela reclamou que enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem ainda não receberam o novo piso e se encontram com salário atrasado há dois meses, o que ocorre também com médicos e outros profissionais que atuam para o Município. Vales transporte e refeição não são repassados. Segundo Lu, enfermeiros planejam realizar uma mobilização nos próximos dias.

Em Bonfim de Feira, conforme o vereador Luiz da Feira (Avante), além de não haver médico, o PSF local está sem insumos essenciais. Ausência de profissionais também acontece em unidades dos bairros Pedra do Descanso e Novo Horizonte, segundo ele. "É tudo muito estranho", diz, uma vez que a saúde dispõe de recursos. O vereador Jurandy Carvalho (PL) comentou que esteve participando de reunião de moradores no distrito de Jaíba e ouviu relatos sobre problemas no posto de saúde da localidade. "Falta tudo nas unidades de saúde: soro, material odontológico, gazes e outros. Está na hora de mudar a gestão da saúde pública em Feira”, cobrou.

Para Jhonatas Monteiro (PSOL), o que está errado é o modelo de contratação de pessoal para a saúde em Feira, servindo  como "cabide de emprego". Terceirizadas e cooperativas, recomenda, deveriam ser substituídas por servidores efetivos. Assim, seriam assegurados e resguardados os direitos trabalhistas. Integrante da bancada governista na Câmara, o vereador Lulinha destacou que tanto o prefeito Colbert quanto a secretária Municipal de Saúde, garantem que já foi efetuado o repasse à empresa Imaps e outras, visando o pagamento de salários. Ele acredita que as empresas podem estar usando o dinheiro para cobrir outras despesas, ao invés de quitar salários.

Sobre o assunto, Professor Ivamberg (PT) sugeriu que a Câmara elabore um requerimento solicitando os comprovantes dos pagamentos feitos pela Prefeitura às empresas terceirizadas, que alegam não haver recebido: “Assim, iremos saber quem está mentindo”. O petista relatou que, domingo passado, esteve na policlínica do distrito de Humildes e ouviu um médico dizer que só atenderia urgência e emergência, em razão de estar há três meses sem receber o salário. "Um absurdo, pois o Município tem orçamento de R$ 600 milhões para a saúde. Onde está sendo aplicado este dinheiro?" questiona.

 

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