É
resultado da eficácia do trabalho realizado pela Comissão Parlamentar de
Inquérito da Câmara (CPI da Saúde), no entendimento da vereadora Lu de Ronny
(MDB), a exoneração dos secretários Marcelo Britto e Denilton Brito, do Governo
Municipal. Responsáveis pelas pastas de Saúde e Governo, respectivamente, eles
estavam afastados pela Justiça sob acusação de desvio de recursos em um
contrato de consultoria médica. A empresa contratada, propriedade de Marcelo,
não teria realizado os serviços, mas recebeu cerca de R$ 300 mil da Prefeitura.
Na quarta-feira, o Diário Oficial Eletrônico do Município publicou a exoneração
de ambos, que deixam os cargos em definitivo.
"Trabalho brilhante, árduo, de muita dedicação", afirma Lu de Ronny, sobre a CPI, criada para apurar irregularidades em contratos de terceirização de mão-de-obra celebrados pela Prefeitura. Ela lembra que, para tentar desestimular a Comissão, a Prefeitura enviou uma caminhonete com milhares de documentos para serem avaliados: "Acharam que a Câmara não iria se debruçar sobre aquela papelada. Mas tivemos pessoas preparadas para ajudar neste processo, que deu no que deu, as exonerações dos secretários envolvidos". Cumprida a missão, ela diz, sabe-se agora "porque postos de saúde encontram-se sem medicamentos, o pessoal de enfermagem com salário defasado". O dinheiro público, recomenda a vereadora, deve ser aplicado "com responsabilidade e transparência".
A vereadora, que também fez parte da CPI, congratula-se com os colegas, o presidente Paulão do Caldeirão (PSC), relator Professor Ivamberg (PT), Pedro Cícero (Cidadania) e Galeguinho (PSB), que atuaram na investigação. Destaca, também, o presidente da Câmara, Fernando Torres (PSD) pelo apoio. "Trabalhou junto". E enalteceu a "transformação" que o dirigente proporcionou ao Legislativo, "uma nova roupagem, sob seu comando, inclusive a abertura para o público, nas galerias e na Tribuna Livre da Casa".
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