O uso indiscriminado do fumacê pode trazer
riscos ao meio ambiente, como induzir a resistência do mosquito Aedes aegypti e
diminuir a população de outros animais, inclusive predadores. Por esta razão,
essa estratégia é a última opção a ser utilizada pelas autoridades sanitárias
da Secretaria Municipal de Saúde.
“Recebemos
várias solicitações da comunidade para a dispensação do inseticida, inclusive
em áreas com muriçocas o que não é indicado. Existem alguns critérios para
utilizarmos o fumacê, como o número de pessoas com arboviroses na área e a
liberação do Estado”, informa Juliana Andrade, referência técnica do
georreferenciamento.
De
acordo com Juliana, o levantamento de locais com presença de larvas, através de
um trabalho focal, é feito na região antes da utilização do fumacê ou da bomba
costal motorizada - ambas opções são apenas ações emergências e complementares
para as demais estratégias já realizadas.
“Primeiro
os agentes fazem uma operação na comunidade, após isso, se necessário, um dos
dois métodos é utilizado. Como o carro fumacê desperdiça muito inseticida, a
bomba costal motorizada acaba sendo mais eficaz, permitindo um trabalho mais
direcionado a área de incidência”, ressalta.
O
bloqueio feito pelos agentes de endemias toma como origem a casa do cidadão com
suspeita de Dengue, Zika ou Chikungunya e atinge um raio de 150 metros,
alcançando todas as casas envolvidas na delimitação. Porém o inseticida
manipulado pelos profissionais não tem ação residual, fazendo apenas a
eliminação de mosquitos adultos.
“Manter
o reservatório de água limpo e fechado, virar as garrafas, colocar areia em
pratos de plantas e não deixar acumular água em pneus e outros recipientes
continuam sendo as melhores formas de prevenção”, orienta.
Fonte: G 1
Nenhum comentário:
Postar um comentário