sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Artista conta em livro a história de Canudos através de esculturas em barro


Com exposição e lançamento de foto/livro na última quarta-feira, 21, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), o artista plástico Zé Andrade se despediu de Feira de Santana. Ele também desenvolveu oficina de modelagem com barro, retribuindo toda a vivência e aprendizado dos 8 anos em que morou na cidade. O evento foi parte das homenagens pelo 22º aniversário do MAC.
No livro “Canudos e Favela” o artista fala sobre as imagens e lembra de uma experiência que aconteceu na cidade baiana de Itapicuru, onde começou o ciclo de perseguição a Antônio Conselheiro, que levou boa parte da população a migrar para Canudos, onde aconteceram os conflitos.
Zé Andrade relata que em certo período da vida recebeu de presente o livro Sertões e que a leitura o incomodou e o fez pensar na forma com a qual as pessoas que viveram o conflito poderiam relatar a situação. “Fui cinco vezes a Canudos, desde 2008, para realizar uma oficina, conseguindo fazê-la em Itapicuru. Fiquei lá durante duas semanas. Peguei o barro e estimulei aquelas pessoas a contarem a história através da arte”, explica o artista.
Esculturas retratam Canudos
O livro contém imagens das modelagens em barro, fruto das oficinas de Zé Andrade, e feitas por pessoas da cidade, que tiveram algum contato com a história de Canudos no período conflituoso. “Nas esculturas eles relatam situações, pessoas e momentos que marcaram o período”, explica.
Entre o MAC e a Biblioteca
Zé Andrade (foto) lembra o período em que estudou e relata sua dedicação e rotina, dia e noite, entre o MAC e a Biblioteca Municipal Arnold Ferreira Silva, realizando pesquisas. Ele agradece à cidade por ter dado a oportunidade e acesso a estes locais. “Voltei para retribuir à cidade que também me inspirou”, acentua.
Fonte: G1

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