Com exposição e lançamento de foto/livro na
última quarta-feira, 21, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), o artista
plástico Zé Andrade se despediu de Feira de Santana. Ele também desenvolveu
oficina de modelagem com barro, retribuindo toda a vivência e aprendizado dos 8
anos em que morou na cidade. O evento foi parte das homenagens pelo 22º
aniversário do MAC.
No
livro “Canudos e Favela” o artista fala sobre as imagens e lembra de uma
experiência que aconteceu na cidade baiana de Itapicuru, onde começou o ciclo
de perseguição a Antônio Conselheiro, que levou boa parte da população a migrar
para Canudos, onde aconteceram os conflitos.
Zé
Andrade relata que em certo período da vida recebeu de presente o livro Sertões
e que a leitura o incomodou e o fez pensar na forma com a qual as pessoas que
viveram o conflito poderiam relatar a situação. “Fui cinco vezes a Canudos,
desde 2008, para realizar uma oficina, conseguindo fazê-la em Itapicuru. Fiquei
lá durante duas semanas. Peguei o barro e estimulei aquelas pessoas a contarem
a história através da arte”, explica o artista.
Esculturas retratam Canudos
O livro contém imagens das modelagens em
barro, fruto das oficinas de Zé Andrade, e feitas por pessoas da cidade, que
tiveram algum contato com a história de Canudos no período conflituoso. “Nas
esculturas eles relatam situações, pessoas e momentos que marcaram o período”,
explica.
Entre o MAC e a Biblioteca
Zé Andrade (foto) lembra o período em que
estudou e relata sua dedicação e rotina, dia e noite, entre o MAC e a
Biblioteca Municipal Arnold Ferreira Silva, realizando pesquisas. Ele agradece
à cidade por ter dado a oportunidade e acesso a estes locais. “Voltei para
retribuir à cidade que também me inspirou”, acentua.
Fonte: G1
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