Algo inusitado ou exótico? Tem em Feira de Santana! A fama "corre o mundo", especialmente, pelo fato de ser uma cidade onde tudo se faz, tudo se encontra. Exageros à parte, algumas coisas, de fato, chamam atenção na Metrópole do Sertão, não há como negar. A tradição passa por lendas rurais, como "a pedra que fala", queda de disco voador em uma lagoa, buraco por onde os escravos fugiam (para onde, ninguém sabe), até nomes de ruas que homenageiam novelas da TV e bairros com nomes mais que curiosos.
Quem, nesta cidade de tantas histórias - e estórias - nunca
ouviu falar do Bicho do Tomba, uma "entidade" maléfica, sem forma
definida, que teria atacado moradores e animais? Por muito tempo, foi algo que
povoou o imaginário dos feirenses, provocando medo. Por mais inverossímil que
seja, citações sobre o tal bicho se reproduziram ao longo do tempo e ainda
hoje, volta e meia, alguém cita a sua passagem pelo local que atualmente é o
bairro Tomba.
E não tão antigo quanto, mas igualmente curioso, foi o caso do
disco voador que teria caído na Lagoa de Berreca, distrito de Jaíba, exatamente
no dia 12 de janeiro de 1995. Definido como um objeto metálico que emitia luzes
verde e vermelha, o OVNI transportava um ser peludo, semelhante a um bicho
preguiça e outro que lembrava uma criança, mas com feições não humanas. Entre o
mito e a realidade, conta-se que um fazendeiro teria levado os seres para a sua
casa.
Outros distritos também têm registros de curiosidades. Em
Tiquaruçu, por exemplo, há o Buraco do Joaquim, que virou atração turística. Da
época dos quilombos, o lugar servia de esconderijo para escravos
fugitivos. Já em Matinha, ainda existe a Pedra do Judeu, com uma fenda de
grande dimensão, onde eram jogados corpos de pessoas mortas. Muitos juram
"de pés juntos" que a pedra falava e quanto mais tempo passa, ela
aumenta de tamanho.
Mas nem só de lendas e casos são feitas as curiosidades em Feira
de Santana. A prova disso são os históricos dos bairros e ruas da cidade. A
começar pelo Gabriela, nome inspirado na personagem emblemática da obra
homônima do escritor baiano Jorge Amado. A propósito, esse mesmo bairro carrega
outro fato curioso: várias ruas são identificadas por nomes de novelas, como
Irmãos Coragem, O Bem Amado e Uma Rosa com Amor, dentre outras.
Ainda sobre a denominação de logradouros, o bairro Cidade Nova,
o primeiro conjunto habitacional construído pela URBIS, antiga empresa do
Governo do Estado, tem as ruas denominadas pelo nome de jogadores da Seleção
Brasileira campeões da Copa de 1970: Pelé (a principal, por razões óbvias),
Jairzinho, Rivelino, Tostão, Carlos Alberto, Brito, Clodoaldo, Gerson. Já o bairro Muchila aposta na tradição
indígena para identificar suas ruas: Itainópolis, Itacambira e Itacarambi são
algumas delas.
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