A Polícia em Feira de Santana
precisa ser mais firme na atuação dos casos que envolvem crimes de homofobia e
transfobia. A cobrança foi feita hoje (28) na Tribuna Livre da Câmara
pela presidente da União de Transgêneros de Feira de Santana (Trasfêmea), Kelly
Alves, que esteve a convite do mandato do vereador Professor Ivamberg (PT), na
Casa Legislativa, por ocasião do Dia do Orgulho LGBTQIA+, comemorado
internacionalmente nesta data. Em seu pronunciamento, advertiu que o problema
não é a falta de legislação punindo atitudes homofóbicas, mas quem faça cumprir
os dispositivos existentes.
“Já está na lei que é um crime inafiançável. Mas aqui no
Município, é preciso fazer que essa lei funcione na prática e avance”, disse.
Esta luta, diz a dirigente, "vem de muito tempo e agora a justiça está nos
valorizando devido a um contexto sofrido, de anos. Mas, Feira tem que fazer
valer a determinação que estabelece homofobia e transfobia como crimes”.
Também em pronunciamento na Tribuna Livre, o médico Carlos da
Costa Lino disse que esta é uma questão relacionada com os direitos humanos e a
dignidade das pessoas. Ele conclamou os integrantes do Legislativo a unirem
forças na luta pelo combate à discriminação de raça, etnia, classe social,
etarismo, gênero, homofobia e transfobia. “No período da Roma Antiga, dignidade
era para a nobreza e para quem tinha dinheiro, hoje é para todos os 7 bilhões
de seres humanos. São prerrogativas das pessoas viverem da forma que elas
escolheram e se isso não impede a sua felicidade, está tudo certo. Este é o
pacto social".
Segundo Costa Lino, membro do Instituto Florescer, o principal
motivo de sua presença na Casa da Cidadania seria para reivindicar
"políticas públicas dignas” para uma população que “precisa de atenção e
cuidado, jamais de ofensas”.
ORIGEM DA DATA
COMEMORATIVA
O Dia do Orgulho LGBTQIA+ faz referência a um movimento que
ocorreu em Nova York, em 28 de junho de 1969, e ficou conhecido como a “revolta
de Stonewall”. A polícia pela terceira vez na semana invadiu um bar chamado
“Stonewall Inn”, ponto de encontro de homossexuais, agredindo violentamente
travestis e drag queens. O fato gerou uma reação do público que saiu em
protesto nas ruas, demonstrando ter orgulho de quem eram. Nos anos seguintes, o
protesto foi repetido em diversas cidades do país, culminando no ano de 1970 na
primeira Marcha do Orgulho Gay, que se espalhou pelo mundo.
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