Um
temporal causou destruição e mortes na noite de sábado (7), no município de
Lajedinho, a cerca de 355 km de Salvador,
na região da Chapada Diamantina. Até as 14h50 (horário da Bahia) deste domingo
(8), a Defesa Civil do Estado confirmou a localização de oito corpos após a
enxurrada que destruiu casas e arrastou carros. O órgão também aponta que cerca
de 100 pessoas tiveram suas casas afetadas pelo temporal e ficaram desalojadas
ou desabrigadas.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Paulo Sérgio Luz,
as buscas por pessoas desaparecidas continuam. Por volta das 12h40, o órgão
tinha a informação de dez desaparecidos. De acordo com dados do IBGE, Lajedinho
possui cerca de 4.079 habitantes.
Uma equipe da Defesa Civil foi enviada em
caráter emergencial ao município na manhã deste domingo. Eles procuram por
escolas e ginásios na região que possam servir de abrigo para as vitimas.
Cobertores, colchões e alimentos também são levados.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, cerca de 90% do
comércio de Lajedinho foi destruído.
O vice-governador do estado, Otto Alencar,
esteve em Lajedinho e afirmou que o cenário é de muita destruição. "Houve
uma tromba d'água, que começou 11h da noite e foi até 1h30 da manhã. Choveu
120mm. O solo estava completamente descoberto por causa da seca", afirmou.
O professor Eliude Carvalho da Silva, morador de
Lajedinho há 16 anos, relatou ao G1 a ocorrência de duas mortes em sua família e a
informação de que ainda há conhecidos e parentes desaparecidos. "Duas
pessoas da minha família morreram. Minha cunhada e meu sobrinho", afirmou
na manhã deste domingo.
De acordo com o morador, a cidade fica em uma região de
vale. "Fica em uma baixada. Isso [alagamento] já aconteceu no ano passado.
A chuva foi muito forte, e associado a essa chuva, vem trazendo mato da
cabeceira do rio", conta.
O morador Marcos Antônio Oliveira registrou as imagens
de destruição e caos na cidade e contou, em entrevista ao G1, que os bairros afetados ficaram sem energia elétrica e
sem abastecimento de água. Ele também aponta que esta não é a primeira vez que
a cidade é afetada por um grande temporal. "Três vezes que isso já
acontece e não fazem nada. Com vítimas foi a primeira vez", diz.
Fonte: G 1/Foto/Marcos Antônio
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