A ocupação indiscriminada de áreas no entorno de lagoas é um dos
problemas mais graves nas comunidades rurais de Feira de Santana, que enfrentam
ainda a precariedade dos serviços de saúde e educação, bem como dificuldade de
acesso por conta do abandono das estradas, dentre outras demandas. As questões
foram levadas à Tribuna Livre da Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira
(21) por três representantes de entidades e projetos com sede nos distritos.
“Há o risco de acontecer nas localidades rurais desastres
semelhantes ao que está ocorrendo no Rio Grande do Sul”, alertou Isabel Santos,
professora de Agroecologia da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB), em um
discurso de cobrança aos políticos por soluções. As carências dos distritos
foram elencadas por ela, como o fechamento dos Correios e de várias escolas,
deficiência do transporte público e falta de atendimento nas unidades do CRAS,
CREAS e CAPS.
A suspensão do calendário de vacinação antirrábica, insegurança,
abandono das praças e falta de ponto de ônibus foram outras questões levadas à
Tribuna por Aline Ferreira, representante do Instituto Maria Quitéria. “A
situação é de abandono total”, afirmou. Já Gustavo Neves, representante do
Projeto Social Unidos pelo Bem, defendeu o direito ao acesso a moradia digna e
oportunidade para os jovens. “Precisamos de representatividade, de um olhar”,
reivindicou.
De acordo com Gustavo Neves, a representação municipal não
dialoga com o jovem que mora na zona rural, o que é evidenciado pela falta de
políticas voltadas para o esporte e o lazer, além de condições de trabalho e de
vida no campo. Ele citou que no distrito Maria Quitéria funciona uma unidade do
Centro de Educação Profissional do Portal do Sertão, com apenas um curso, de
Técnico Agropecuário. Os demais são nas áreas de Informática e Edificações.
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