quinta-feira, 25 de abril de 2019

Se não for no meio da turma não tem graça, diz cadeirante sobre participação na Micareta


Festeiro desde sempre, Gil Santos da Hora, conhecido no Jardim Acácia, onde mora, como “Ratoeira”, não se deixou abater devido à perda dos movimentos das pernas, há mais de 25 anos, depois de um acidente. “Assim que me recuperei nunca mais perdi uma micareta”, afirma o cadeirante. “Brinco desde quando a festa era na Getúlio Vargas”.
Diz que gosta mesmo é de estar no meio da muvuca, atrás de uma grande atração. “Sou fã de Bell Marques”. Para ele, o sentido de brincar uma festa com esta característica é estar bem no meio da multidão. “Se não for no meio da turma não tem graça. Tudo sem nenhum risco”. É lá, no meio do povão, onde rola a adrenalina.
E o risco que enfrenta próximo ao trio, onde a concentração de foliões é bem maior, é bem avaliado. “Gosto da muvuca, mas quando a coisa aperta, evito o empurra-empurra”. Segundo ele, as pessoas o respeitam. “Nunca levei um empurrão mais forte ou um tombo no meio da avenida”.
Ratão disse que deseja brincar todos os quatro dias da festa e sempre atrás dos trios. Mas elogia o Camarote da Diversidade, onde deficientes físicos, que não gostam de enfrentar a multidão, participam da festa com segurança e conforto. “E venho e volto todos os dias na minha cadeira de rodas, sem problemas”.
Fonte: SECOM/Foto/Washington Nery

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