Considerado como um dos mais vorazes
predadores entre as espécies de peixes, o jaguar voltou a aparecer na região de
Feira de Santana, trazendo preocupação. Desta vez, foi encontrado por um
pescador no rio Jacuípe, em Riachão do Jacuípe.
“Ao
desconhecer a espécie, já que não é um peixe nativo, o pescador nos procurou
para obter informações”, diz o chefe do Departamento de Educação Ambiental, da
Semmam (Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais) da Prefeitura de Feira
de Santana, João Dias.
Segundo
ele, a preocupação com o Jaguar é que a espécie pode provocar sérios danos a
fauna aquática e a ictiofauna. “O aparecimento do Jaguar - também conhecido
como Tucunaré Tigre - demonstra que ele está procriando e se alastrando na
Bacia Hidrográfica do Paraguaçu”, afirma. Outros exemplares também foram
encontrados no início deste ano, em Fazenda Casa Nova, no rio Tocós, distrito
de Jaguara.
Além
das questões ligadas ao desequilíbrio ambiental, o Jaguar pode atacar os
humanos. “Ele não é um simples predador”, diz João Dias ressaltando que a
introdução desta espécie no país pode ter sido por alguém que provavelmente
comprou em aquários, mas desistiu da criação devolvendo-o à natureza.
“A
Semmam pede a população, mais uma vez, que ao adquirir peixes oriundos de
outros países não os introduzam nos rios e, caso desistam da criação, procure a
Secretaria do Meio Ambiente ou o Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos). Ele também é comestível”, afirma o técnico da Semmam. O Jaguar é proveniente
da Nicarágua e Honduras.
Ainda
de acordo com João Dias, um ofício será encaminhado para as secretarias de
Agricultura e do Meio Ambiente da região, solicitando que comunique à Semmam o
aparecimento de outros exemplares desse peixe, caso ele seja encontrado nos
rios das respectivas localidades.
“É
necessário fazer esse monitoramento e já há informações de que apareceu em
Itapetinga e Ilhéus”, justifica. O contato com o Departamento de Educação
Ambiental pode ser feito através do número (75) 3223- 3300 ou pelo email:
deameioambiente@gmail.com
Fonte: Secom
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