quinta-feira, 19 de julho de 2018

Taxa de mortalidade infantil sobe 9,2% na BA

Após 25 anos de queda, a taxa de mortalidade infantil aumentou 9,2% na Bahia em 2016, comparado ao ano de 2015, segundo dados divulgados nesta semana pelo Ministério da Saúde. Conforme o órgão, o estado teve 18 óbitos infantis a cada mil nascimentos em 2016. A taxa ficou acima da média nacional, que foi de 14 mortes por cada mil nascimentos no mesmo ano.
A partir de 1990, a Bahia, assim como o restante do país, começou a apresentar queda no número de mortes de crianças. Em 1990, o estado registrava taxa de 66 mortes por cada mil nascimentos. Em 2015, a taxa já havia baixado para 16,4.
Taxa de mortalidade infantil na Bahia para cada 1 mil nascidos vivos (1990 a 2016))

ANO  TAXA
1990  66,0
1991  61,9
1992  58,0
1993  54,4
1994  51,0
1995  47,8
1996  44,8
1997  42,0
1998  39,3
1999  36,9
2000  34,6
2001  34,2
2002  31,0
2003  29,92007  24,9
2004  29,0
2005  27,5

2006  26,2
2007  24,9
2008  23,6
2009  22,1
2010  21,0
2011  20,0
2012  19,1
2013  18,7
2014  18,4
2015  16,4
2016  18,0
Fonte: Ministério da Saúde
No país inteiro, houve aumento de 4,8% em 2016 com relação a 2015, quando 13,3 mortes (a cada mil) foram registradas.
O Ministério da Saúde credita a alta mortalidade ao vírus zika e às mudanças socioeconômicas.
Dados recentes do órgão também mostram que a vacinação em crianças, um importante fator para a redução da mortalidade, atingiu o menor nível em 16 anos.
Na Bahia, por exemplo, 63 cidades não chegaram a vacinar, no ano de 2017, nem metade das crianças que compõem o público-alvo da imunização contra a poliomelite (paralisia infantil), que pode lavar à morte. Por conta disso, o Ministério informou que a Bahia é o estado brasileiro com maior risco de retorno da doença.
O último caso de poliomelite no estado foi registrado no final da década de 80, mas, como o vírus ainda circula no mundo, pode haver o risco de contaminação.
Zika
Desde 2015, o Brasil teve 351 mortes de fetos, bebês e crianças associadas ao vírus da zika, mostrou último boletim do Ministério, com dados coletados até 14 de abril de 2018.
Em relação às notificações -- e não casos confirmados -- os estados que apresentaram maior número foram: Pernambuco (175), Bahia (103), Rio de Janeiro (88), Minas Gerais (71) e Ceará (69).


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