Um cliente do Banco do Brasil que foi agredido após
reclamar da demora no atendimento contou que está revoltado com a situação
e vai recorrer ao Ministério Público em Feira de Santana. O caso ocorreu na
terça-feira (10).
"A partir do momento em que eu acionei o Procon,
começou a incomodar os vigilantes. Fiquei 2h20 minutos aí, foi quando chegou o
pessoal do Procon e aí que chegou a minha vez de ser atendido e o segurança
disse que eu não seria atendido mais", disse Claudio Carneiro, que é
desportista.
Segundo o cliente, os seguranças usaram a violência na
abordagem e o acusaram de ter quebrado coisas na agência. "Eu vou até o
fim. Vou no Ministério Público da Bahia para que não aconteça com mais nenhuma
pessoa, pois eu não desejo que isso aconteça nem com meu maior inimigo. Eu
estava simplesmente reivindicando uma lei que existe", afirmou o
desportista.
O cliente da agência afirmou que foi avisado pelo
segurança que a sua vez tinha chegado, mas que ele não seria atendido.
"Foram dois seguranças. Eles me pegaram, me imobilizaram. Um puxou a minha
camisa e eu fiquei gritando para soltar minha camisa e preocupado com o
dinheiro que caiu no chão".
"O truculento que me tirou do caixa na força, com
pontas pés, murro, socos. Aí chamaram a polícia dizendo que eu estava quebrando
o Banco do Brasil e em momento nenhum eu quebrei nada", disse Claudio Carneiro.
O desportista afirmou, ainda, que registrou o caso na
delegacia da cidade. Com relação à denúncia que ele fez ao Procon,
representantes do órgão foram ao local cerca de duas horas depois da queixa e
constataram que os clientes precisavam esperar mais que 15 minutos na fila. O
banco foi notificado por conta da espera de Cláudio e demais pessoas que
estavam no local.
Conforme aponta a lei, os clientes podem esperar até 15
minutos para serviços prestados no caixa. Além disso, os bancos são obrigados a
fornecer a senha a todos os usuários. Os caixas e atendentes dos
estabelecimentos bancários ficam obrigados a registrar o horário de atendimento
dos clientes, o que não ocorreu na agência onde Cláudio foi agredido.
"A lei dá competência aos órgãos administrativos a
fiscalizar os serviços que são feitos no caixa, que são 15 minutos e os outros
serviços, como atendimento, gerentes e outros serviços feitos na agência, que
devem levar 25 minutos. O usuário que se sentir constrangido através dessa
ultrapassagem, a instituição pode sofrer as sanções administrativas" ,
disse Camilo Cerqueira, chefe de fiscalização do Procon.
O Procon detalhou que, além da agência que o cliente foi
agredido, este ano, o órgão já recebeu 725 queixas referentes à espera superior
a 15 minutos nos bancos de Feira de Santana. No dia em que aconteceu a agressão
no Banco do Brasil, o Procon recebeu 15 reclamações de clientes da agência.
"Constantemente fiscalizamos não só essa referida
agência, mas todas da cidade. Mesmo diante de várias infrações e várias
ligações", disse Camilo Cerqueira.
O Banco do Brasil informou, por meio de nota, que adota
todas as providências para preservar a segurança dos clientes. Eles estão
apurando o caso juntamente com as autoridades locais e as imagens das câmeras
que registraram a agressão. Elas serão entregues à polícia.
Fonte: G 1
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