A chuva caiu bem no primeiro semestre e o
plantio consorciado de feijão e milho tomaram conta das propriedades rurais de
Feira de Santana. E os roçados se apresentam em vários estágios. A chegada de
julho e a retração nos índices pluviométricos deixam os agricultores
preocupados, mas a fé é bem maior e todos apostam que neste ano ganharão a
safra.
A
agricultora Antonieta Almeida Santos aponta com satisfação para um cantinho do
seu terreno onde o feijão está amadurecendo. “Plantei um litro e vou colher uma
saca”. Olha para o outro lado, onde está a maior parte da plantação e a sua
feição muda. “Se não der um ‘sereninho’ de chuva nos próximos dias, a coisa
desanda”.
Se não chover, as flores caem
E a preocupação é maior porque as primeiras
flores do feijão, sinal que as vagens virão em seguida, começam a aparecer. “Se
não chover, as flores caem e a gente perde tudo, mais uma vez”. Antonieta
(foto) disse que a parte da roça que está florindo foi plantada no final de
maio, quando deveria ter semeado o feijão no final de abril.
As
chuvas deste ano foram melhores do que as que caíram em 2017. Mesmo assim, o
medo de perder a roça – perder, para os agricultores, é não colher nada ou
muito pouco, ronda as propriedades rurais. Uma das características de Feira são
as pequenas áreas, onde se pratica a agricultura de subsistência.
O
milho está alto e as folhas com um verde escuro, intenso, na propriedade de
dona Cristina de Freitas Santos. Ao contrário do feijão, é uma cultura que
resiste um tempo maior à falta de água. É outra que está de olho no céu na
torcida por mais uma chuva. “Só assim a gente vai ganhar a safra por completo”.
Agricultor à espera das bonecas
As espigas, que são chamadas de bonecas,
ainda não apareceram na sua plantação, e a florada do feijão enfeita a
plantação rasteira. É outra agricultora que sofre com a falta de chuvas nos
últimos anos. “Em 2017, quando o milho embonecou, o sol caiu pra dentro e
perdemos tudo”, afirma dona Cristina (foto).
Entretanto,
ambas dizem que a fé de que as chuvas aparecerão no momento exato é bem em
maior do que a preocupação com a possibilidade da perda da plantação devido à
falta de água.
Fonte: Secom
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