Cerca de um milhão
de estudantes da rede pública de ensino básico da Bahia estão sem aulas por
conta da greve nacional dos professores, convocada pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Notícias dão conta de que, na Bahia, a
greve teve a adesão de 100 mil docentes, sendo 30 mil da rede estadual e 70 mil
da rede municipal. Dos profissionais ligados às administrações municipais, 10
mil são de Salvador e 60 mil do interior.
A deputada
estadual Graça Pimenta (PMDB) destaca a importância da valorização dos
professores e a preocupação que o poder público deve ter com os estudantes.
“Através da educação é possível promover transformações profundas na sociedade.
É por meio da educação que as pessoas ingressam nas áreas de conhecimento e se
dedicam a uma profissão, beneficiando a todo o meio social. Ao que tudo indica,
hoje está sendo o terceiro e último dia do movimento de greve. Os educadores
são bastante organizados e têm força considerável de articulação. As exigências
dos educadores são válidas e precisam ser consideradas pelos poderes públicos”,
pontua a parlamentar.
Entre as
reivindicações da classe estão o cumprimento da lei do piso salarial nacional,
a destinação de 75% do valor dos royalties do petróleo e de 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) para o setor educacional, além da votação do Plano Nacional
da Educação (PNE). Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad),
divulgados há poucos meses, mostram que a taxa de analfabetismo parou de cair e
registrou pequeno aumento, entre 2011 e 2012. Conforme o levantamento, a Bahia
está entre os Estados que tiveram os maiores aumentos nas taxas de
analfabetismo.
“Sem dúvidas
os professores se empenham para reverter essa situação, porém se depararam com
incontáveis problemas que os impedem de desenvolver suas funções de modo mais
adequado. São corriqueiras as notícias sobre falta de fardamento, material
escolar, merenda, segurança e até estrutura nas escolas. Desse jeito fica quase
impossível fazer um trabalho com melhor qualidade. E além de enfrentar esses
problemas, os educadores têm que lidar com a desvalorização da classe. Ser
professor hoje em dia é algo que surge mesmo a partir da paixão, do desejo de
transformar a sociedade”, acredita Graça Pimenta. A parlamentar acrescenta:
“Todos nós aqui tivemos uma série de professores que contribuíram muito para
que nos tornássemos profissionais de respeito. Então, vamos nos unir aos
educadores, exigindo que eles sejam respeitados e valorizados da forma que
merecem”.
Vale ressaltar que
membros da categoria devem estar em Brasília nesta quarta-feira (19) para
acompanhar uma Reunião Deliberativa Ordinária sobre o PNE, na Câmara dos
Deputados. Conforme declarações do coordenador-geral do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do
Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, ainda esta semana haverá uma nova rodada
de negociações com o Governo do Estado, na Secretaria de Administração.
Fonte: Assessoria da deputada Graça Pimenta
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