Trabalhadores que atuam na rede municipal de saúde de Feira de
Santana estão reclamando de atraso no pagamento de seus salários, bem como do
não repasse do vale-alimentação por parte de algumas prestadoras de serviço. A
queixa dos profissionais foi repercutida pelo vereador Jhonatas Monteiro (PSOL),
durante discurso na Tribuna da Câmara. Segundo ele, enfermeiras e técnicas de
enfermagem ligadas às empresas Associação Saúde em Movimento (ASM) e Instituto
de Saúde Nossa Senhora da Vitória (INSV) encaminharam denúncia a seu mandato
reportando estarem enfrentando o problema.
Do mesmo modo, cirurgiões-dentistas que atuam em unidades do
Programa de Saúde da Família – PSF entraram em contato informando que, além de
estarem há dois meses sem recebimento salarial, o não pagamento do
vale-refeição completa quase um semestre. “Trago esta situação aqui com
tristeza, até porque já tocamos neste assunto inúmeras vezes. Portanto, mais
uma vez chamo a atenção do prefeito Colbert Martins Filho e da Secretaria de
Saúde sobre a necessidade de resolver isto”, cobrou Jhonatas.
Recentemente, acrescentou ele, na Policlínica do Feira X e na
Upa da Queimadinha, irregularidades relativas à falta de pagamento de médicos
chegou a causar restrição no atendimento à população. “Não é justo e nem
correto que isto continue se arrastando, nem que a gente ainda conviva com
situações deste tipo em Feira”, reclamou.
INCENTIVO FINANCEIRO
Ainda abordando problemas relacionados a trabalhadores da área
de saúde municipal, Jhonatas Monteiro criticou declarações que teriam sido
dadas pelo prefeito Colbert Martins Filho a respeito do Incentivo Financeiro
Adicional (IFA). O dispositivo se refere a uma espécie de salário-extra a ser
pago, anualmente, como forma de incentivo ao trabalho de Agentes Comunitários
de Saúde (ACS) e Agentes de Endemias (ACE). O gestor municipal teria alegado a
falta de fundamentação para realizar o repasse dos valores aos profissionais.
Para o psolista, a alegação não se sustenta, uma vez que se
trata de procedimento para o qual “existe previsão legal”. E os recursos creditados
pelo Governo Federal já entram diretamente nos cofres públicos do município,
entre o início e a metade do mês de dezembro. “É importante, portanto, que isso
seja resolvido. Ou que, no mínimo, haja abertura de diálogo para escutar as
categorias dos ACS e ACE a respeito da problemática”, disse. Para o vereador, o
prefeito deveria se limitar a dar declarações na mídia, sem demonstrar
compromisso em resolver a questão.
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