A proposta, segundo a gestora, vai na direção da "política
correta almejada" em saúde mental, criada pela lei federal nº
10.216/2001, que estabeleceu o respeito aos direitos das pessoas portadoras de
doenças mentais e reorientou o modelo assistencial para a humanização e
desinstitucionalização de pacientes (quando estes, voltam a morar com suas
famílias). “Mais de 20% do público que a gente recebe não precisava vir
para cá (HELR), pois a própria rede básica poderia atender e deixar o paciente
estabilizado lá mesmo”, disse a dirigente.
Ampliar a rede é importante, argumenta Iraci, porque esses
centros têm demanda espontânea ou atendem mediante encaminhamento pela atenção
básica. O seu "sonho", diz, é ver Feira de Santana
e demais municípios fazendo esse atendimento primário. "Após
atender, pode passar para uma outra unidade de referência (policlínica,
hospital de pequeno porte), e daí para um centro especializado, apenas para
solucionar questões que a base não resolveu. O Lopes Rodrigues pode funcionar
como um núcleo regional para esse atendimento”, explicou.
O Lopes Rodrigues, criado pelo psiquiatra Carlos Alberto
Kruschewsky, completou 61 anos recentemente (fundado em 22 de junho de 1962).
De hospício (atividade inicial), passou a ser Colônia e depois hospital
especializado. Hoje, ela explica, a batalha é para uma mudança de perfil
hospitalar. Espera que se transforme, muito em breve, em uma unidade de
tratamento também para álcool e drogas. Ela alimenta essa expectativa em vista
de um "tratamento diferenciado e empenho" por parte do governador
Jerônimo Rodrigues e da secretária de Saúde, Roberta Santana, para a melhoria
do serviço prestado. “Eles apoiam em 100% as ações do hospital. Antigamente o
Lopes ficava à margem em relação as ações e políticas de saúde. Hoje não. O que
é direcionado para a saúde, também chega ao Lopes Rodrigues”, frisou.
Estiveram presentes no plenário: vereador Pastor Valdemir (PV),
Monique Portugal Mota (coordenadora administrativa financeira da Apae), Gizelle
Lopes Lima Munduruca Borges (psicóloga), Leedyan Nascimento Ferreira
(assistente social), Francisca Alcântara dos Santos (técnica em enfermagem),
Anselmo Ferreira Rodrigues (técnico em enfermagem), Raquel de Almeida Peixoto
Leite (coordenadora pedagógica da Apae), Cledson Oliveira (coordenador do
HELR), Naiara Freitas Mendes (diretora do Setor de Pessoal do HELR), dentre
outros representantes de entidades ligadas ao serviço de saúde mental.
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