A Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga irregularidades no Shopping
Popular - desde o contrato entre a Prefeitura de Feira e o consórcio
gestor do empreendimento e também na relação deste com os comerciantes ali
estabelecidos - finalizou esta semana a etapas de análise de 54 volumes de
documentos.De acordo com o presidente da CPI, Jhonatas Monteiro (PSOL),
está marcado para os próximos dias 23 e 24 (terça e quarta da próxima semana),
a partir das 14h, o cumprimento de uma nova fase dos trabalhos, quando serão
ouvidos cinco depoentes como testemunhas.
O vereador assegurou, em discurso hoje na Tribuna da
Câmara, que além desses primeiros depoentes, entre agentes
públicos e pessoas responsáveis por pagamentos do consórcio, outras nove
pessoas serão chamadas. E garantiu ter constatado, através de informações
avaliadas, avanços importantes na investigação: "Naquele espaço,
denominado também de Cidade das Compras, qualquer pessoa consegue
perceber que tem algo muito errado. E já foi possível verificar a existência de
contradição, por exemplo, entre despesas que a concessionária diz ter realizado
e a falta de comprovação com as devidas notas fiscais”.
O presidente da CPI criticou o fato das secretarias municipais e
o Gabinete do Prefeito não terem encaminhado a documentação requisitada pela
comissão. “Realizamos nossa oitava reunião na última segunda-feira e estes órgãos
da administração foram notificados pela terceira vez. Se não derem retorno às
solicitações, deverão ser responsabilizados", advertiu. Ele diz ser
difícil compreender o não envio de qualquer documento pelo governo, mesmo que
tenham sido apontadas as diversas irregularidades que motivaram a Prefeitura
fazer uma intervenção na direção do empreendimento.
O vereador Professor Ivamberg (PT) sugeriu aos membros da
comissão, formada também pelo relator Luiz da Feira (Avante) e o membro Sílvio
Dias (PT), que no caso de nova negativa da Prefeitura em relação à entrega de
documentos, a CPI faça uma busca nos setores correspondentes, “afinal, os
senhores podem fazer uma diligência diretamente nas secretarias com este
objetivo”.
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