O processo seletivo de
Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), promovido pela Prefeitura de
Feira de Santana recentemente, para preencher vagas na Rede Municipal de Ensino
deve ser anulado. Este foi o tom do pronunciamento de três professores que
usaram, hoje (11), a Tribuna Livre da Câmara. Representando os que se
inscreveram na disputa de vagas, Adriana Oliveira pediu o apoio dos vereadores
para o cancelamento. O ideal, segundo ela, é que o Município promova, com uma
outra banca, uma nova prova.
Também concorrendo a uma das 80 vagas previstas no edital do
certame, a pedagoga Marcela Cruz reclama que a banca "MS Concursos
Ltda" requer a qualificação dos candidatos inscritos, mas
"não demonstrou ser preparada para gerir o processo seletivo. Considerando
as diversas falhas já denunciadas ao Executivo feirense, à imprensa e à própria
Câmara, ela pede uma resposta da Prefeitura: “Um concurso que trata de algo tão
fundamental para a sociedade, que é a educação, deve ser feito com clareza e
transparência”.
Professora da Rede Municipal de Ensino e membro da APLB
Sindicato-Feira, Laizza Carvalho sugeriu que a Comissão de Educação da Câmara
analise a prova, junto a um especialista da área, para verificar as questões
aplicadas. “Muitas foram dúbias, de internet e pedindo a complementação
de pensamentos, coisas que são absurdas”. Ela observa que, além dos prejuízos
para os inscritos, os problemas envolvendo o último REDA ainda atrasam a
contratação de profissionais que poderiam suprir o déficit de professores nas
escolas municipais. Carência esta que desde o ano passado "leva algumas
unidades escolares a reduzirem os dias letivos".
CANDIDATO NÃO COMPARECEU, MAS OBTEVE PONTUAÇÃO
O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), trouxe à tona o caso de
um candidato, ausente na prova do REDA que "curiosamente obteve pontuação".
Ele disse que, apesar da gravidade dos problemas envolvendo todo o processo
seletivo, como a homologação do resultado, “não houve nenhuma explicação
pública da Prefeitura e da MS Concursos Ltda”. Sem retorno da Secretaria de
Educação após busca por contato, o vereador diz que fará uma nova tentativa.
Caso não obtenha resposta, afirma que irá protocolar, na Câmara, um
requerimento solicitando informações.
Líder da base governista na Casa da Cidadania, o vereador
José Carneiro (MDB) diz que, até então, não recebeu “informações ou qualquer
justificativa para dar à imprensa e aos vereadores”. Caso Jhonatas Monteiro
protocole o requerimento pedindo o esclarecimento das questões pontuadas na
Câmara, ele afirma que será favorável e também assinará a proposta.
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