O
projeto, que objetiva a geração de emprego e renda sustentável para famílias de
pescadores, teve o apoio do Governo do prefeito Colbert Martins Filho, por meio
da Secretaria de Agricultura, que doou as gaiolas, e do Alphaville, que
contribuiu com a ração, contêiner usado como depósito, balança e outros
equipamentos.
“A
parte teórica vimos em um curso, mas foi na prática, no dia a dia, que a gente
vem aprendendo como lidar com este tipo de criação de peixe”, diz Lucivaldo do
Nascimento Pedreira, um dos coordenadores do projeto. Ele disse considerar que
os resultados são positivos para a primeira experiência.
E
foi observando que erros cometidos no manejo durante o primeiro ciclo estão
sendo evitados no segundo ciclo, iniciado há pouco mais de um mês. Um deles é
não estressar as tilápias, sob pena de vê-las morrer. Outro foi colocar uma
lona sobre as gaiolas para evitar que tucunaré, espécie carnívora, ataque os
alevinos. Cada ciclo, de alevino a peso ideal para abate, demora cinco meses.
Ele
estima que metade dos alevinos colocados nos tanques no primeiro ciclo foi
comida pelos tucunarés. Nesta segunda cerca de cinco mil alevinos foram
colocados em duas gaiolas. “Dentro de mais alguns dias a gente vai iniciar a
repicagem”. Repicagem é a seleção dos peixes de acordo ao tamanho.
Nesta
fase os peixes são separados e cada um dos tamanhos vai para uma gaiola, para
que disputem a comida nas mesmas condições e engordem uniformemente, de modo
que o valor de mercado seja maior. “Estamos vendendo o quilo por R$ 8 para
pequenos comerciantes. As empresas nos ofereceram um preço muito baixo”.
Mas
o lucro para os piscicultores só a partir deste segundo ciclo, disse acreditar
o coordenador. “Não vamos cometer os mesmos erros. E isso vai aumentar os
nossos ganhos”. Apenas quatro, das 20 famílias que iniciaram o projeto,
continuam na labuta diária. “Mas acredito que muitas retornarão ao projeto”.
Fonte: SECOM/Foto/Washington Nery
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