Festeiro desde sempre, Gil Santos da Hora,
conhecido no Jardim Acácia, onde mora, como “Ratoeira”, não se deixou abater
devido à perda dos movimentos das pernas, há mais de 25 anos, depois de um
acidente. “Assim que me recuperei nunca mais perdi uma micareta”, afirma o
cadeirante. “Brinco desde quando a festa era na Getúlio Vargas”.
Diz
que gosta mesmo é de estar no meio da muvuca, atrás de uma grande atração. “Sou
fã de Bell Marques”. Para ele, o sentido de brincar uma festa com esta
característica é estar bem no meio da multidão. “Se não for no meio da turma
não tem graça. Tudo sem nenhum risco”. É lá, no meio do povão, onde rola a
adrenalina.
E
o risco que enfrenta próximo ao trio, onde a concentração de foliões é bem
maior, é bem avaliado. “Gosto da muvuca, mas quando a coisa aperta, evito o
empurra-empurra”. Segundo ele, as pessoas o respeitam. “Nunca levei um empurrão
mais forte ou um tombo no meio da avenida”.
Ratão
disse que deseja brincar todos os quatro dias da festa e sempre atrás dos
trios. Mas elogia o Camarote da Diversidade, onde deficientes físicos, que não
gostam de enfrentar a multidão, participam da festa com segurança e conforto.
“E venho e volto todos os dias na minha cadeira de rodas, sem problemas”.
Fonte: SECOM/Foto/Washington Nery
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