No ano passado, o Programa Municipal DST/HIV/Aids registrou 242 novos
casos de HIV em Feira de Santana. O crescimento em relação a 2013 foi de 5% –
quando 230 pessoas foram diagnosticadas com a doença. O aumento no número de
casos estaria relacionado à oferta do exame que detecta a doença.
Principalmente o teste rápido, cujo resultado é conhecido em apenas 15 minutos.
Na campanha “Dezembro Vermelho”, foram realizados mais de 400 testes
rápidos – sete foram positivos. Os exames foram oferecidos nas policlínicas e
no Centro de Saúde Especializado Dr. Leone Leda.
Homens e mulheres jovens em idade reprodutiva apresentaram maior número
de infectados, o que confirma uma tendência mundial. Mas ao contrário de anos
anteriores, as pessoas do sexo masculino foram maioria entre os contaminados.
De acordo com a coordenadora do programa, Vanessa Sampaio, a quantidade
de bebês infectados durante o parto também caiu. Esta redução está relacionada
à profilaxia retroviral nas gestantes, que interrompe a cadeia de contaminação.
E por um período o recém-nascido também é acompanhado por infectologistas.
O problema, diz a coordenadora local do programa, é que as pessoas,
principalmente os mais jovens, se comportam como se fossem imunes ao HIV. Este
comportamento está relacionado aos novos medicamentos que permitem que em caso
de contaminação a pessoa leve uma vida normal, desde que siga as orientações do
tratamento que será por toda a vida.
Os casos positivos são acompanhados pelos médicos do programa. As
pessoas recebem toda medicação gratuitamente, após as avaliações. Outro
problema é a quantidade de pessoas que têm o vírus, mas não sabem. Estima-se
que no Brasil mais de 150 mil estejam nesta situação.
Fonte: SECOM
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