Uma dona de casa de 28 anos afirma que foi agredida por
três policiais militares durante abordagem em Guaratinga, no sul da Bahia, após
os PMs receberem denúncia de que ela estaria incomodando os vizinhos com som
alto em casa. A Polícia Civil investiga o caso e a Polícia Militar abriu
inquérito para apurar a ação dos policiais.
O caso ocorreu no dia 26 de novembro, mas somente na
segunda-feira (1º) foi registrado na delegacia da cidade. Segundo Gildete
Santos Almeida, ela foi agredida após os policiais chegaram à residência dela
para atender a denúncia de som alto.
“Chegaram mandando baixar o som e eu baixei. Mas eles me
pegaram, puxaram meu cabelo, bateram e me colocaram na viatura", relatou
Segundo o major da PM Cleber Silva, os policiais negam
que tenha havido agressão. “Houve um pedido por parte da comunidade, no sentido
da poluição sonora na casa dela. Então, os policiais foram lá e pediram que
baixasse. Depois que resolveu, o pessoal retornou, mas o som voltou. Pediram
novamente que o pessoal fosse lá e quando chegaram, ela se alterou, resistiu,
não quis obedecer e os policiais tiveram que fazer essa interveção, imobilizar
ela. Quando foi na segunda-feira, ela alegou que teve um problema de saúde por
conta dessa intervenção. Os policiais afirmam que não houve agressão, que não
deram murro no rosto dela", afirma o major.
Cleber Silva conta ainda que os policiais não têm
histórico de agressão. "Eles são ótimos
policiais, bons profissionais. Mas eu instaurei
inquérito policial militar para justamente apurar a conduta e saber se houve
excesso, se extrapolaram", disse.
O delegado da Polícia Civil Sonézio Júnior, que
investiga o caso, afirma que até esta quarta-feira (3) nenhuma testemunha
confirmou a versão da dona de casa. "As testemunhas que ouvimos, até
então, dizem que os policiais foram até o local e encontraram ela embriagada.
Pediram para baixar, mas ela disse que não baixava. Então conduziram ela usando
a força necessária. Pedi a ela [Gildete] que apresentasse as testemunhas que ela
disse que viram a agressão, mas ela não fez isso até agora", afirmou o
delegado.
Segundo Sonézio Júnior, a polícia aguarda agora o
resultado do exame de corpo de delito realizado pela dona de casa. A previsão é
de que o laudo seja divulgado em 20 dias.
Fonte/G1/Foto/Estevão
Silva
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