Um dos suspeitos de matar
um paciente no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de
Santana, foi assassinado no bairro de Fazenda Grande II, em Salvador, na tarde
de domingo (4). A informação foi confirmada pelo coronel Adelmário Xavier,
comandante da região leste de Feira.
De acordo com o coronel da PM, Ricardo Macedo Santos
Leão, 21 anos, foi morto por homens "encapuzados", que fugiram. Não
há informação se há relação entre os dois crimes. O crime é investigado pela
delegada Cleuba Telles, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP).
A delegada contou que informações preliminares também
indicam que o homem é o mesmo que invadiu o hospital em Feira de Santana, mas que irá
consultar fotografias e analisará o caso para confirmar a ocorrência.
Ricardo Macedo Santos Leão é um dos dois homens
investigados pela invasão ao Hospital Geral Clériston Andrade no dia 12 de
abril. Na ocasião, um paciente se recuperava de uma tentativa de homicídio,
ocorrida no mesmo dia, quando foi atingido por 10 tiros.
O suspeito morto foi preso no
dia 14 de abril, na rodoviária de Feira de Santana. O segundo suspeito da morte
continua sendo procurado, segundo a delegada Ana Cristina, responsável pelo
caso em Feira de Santana.
Segundo o coronel Adelmário Xavier, Ricardo Leão foi
solto após o advogado alegar que não houve flagrante para ele continuar de tudo.
Um alvará de soltura expedido no dia 30 de abril está disponível no boletim
eletrônico do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Crime
O assassinato ocorreu na clínica cirúrgica
do HGCA, onde estavam mais de 20 pessoas, entre pacientes, acompanhantes e
profissionais de saúde. Os suspeitos tiveram acesso ao hospital por um portão
lateral que estava aberto e cometeram o crime.
Segundo o major Ribeiro, comandante da 67ª Companhia
Independente de Polícia Militar (CIPM), em casos de pacientes presos, é
requisitado o apoio e o acompanhamento da Polícia Militar, mas isso não
aconteceu neste caso.
O diretor do hospital, José Carlos Pitangueira, disse
que o homem assassinado não estava com escolta policial porque deu entrada como paciente comum. Ainda segundo
o diretor, outros quatro pacientes internados na unidade estão jurados de
morte. Só um deles está algemado a mando da polícia.
Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do
Estado da Bahia (Cremeb) informou que a "situação denuncia de forma brutal a falta de segurança nas unidades
de saúde". A entidade ressalta a insatisfação dos profissionais que atuam no Clériston Andrade sobre a falta de
estrutura e condições de trabalho às quais são submetidos. "O Conselho
espera que diante os fatos o governo possa colocar em prática medidas que visem
conter a violência e garantir a segurança nas Unidades de Urgência e Emergência
de Salvador", diz a nota.
Fonte: G 1
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