segunda-feira, 5 de maio de 2014

Suspeito de matar paciente ao invadir hospital é solto e morto em Salvador

Um dos suspeitos de matar um paciente no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, foi assassinado no bairro de Fazenda Grande II, em Salvador, na tarde de domingo (4). A informação foi confirmada pelo coronel Adelmário Xavier, comandante da região leste de Feira.
 
De acordo com o coronel da PM, Ricardo Macedo Santos Leão, 21 anos, foi morto por homens "encapuzados", que fugiram. Não há informação se há relação entre os dois crimes. O crime é investigado pela delegada Cleuba Telles, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A delegada contou que informações preliminares também indicam que o homem é o mesmo que invadiu o hospital em Feira de Santana, mas que irá consultar fotografias e analisará o caso para confirmar a ocorrência.

Ricardo Macedo Santos Leão é um dos dois homens investigados pela invasão ao Hospital Geral Clériston Andrade no dia 12 de abril. Na ocasião, um paciente se recuperava de uma tentativa de homicídio, ocorrida no mesmo dia, quando foi atingido por 10 tiros.

O suspeito morto foi preso no dia 14 de abril, na rodoviária de Feira de Santana. O segundo suspeito da morte continua sendo procurado, segundo a delegada Ana Cristina, responsável pelo caso em Feira de Santana.

Segundo o coronel Adelmário Xavier, Ricardo Leão foi solto após o advogado alegar que não houve flagrante para ele continuar de tudo. Um alvará de soltura expedido no dia 30 de abril está disponível no boletim eletrônico do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Crime
O assassinato ocorreu na clínica cirúrgica do HGCA, onde estavam mais de 20 pessoas, entre pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde. Os suspeitos tiveram acesso ao hospital por um portão lateral que estava aberto e cometeram o crime.



Segundo o major Ribeiro, comandante da 67ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), em casos de pacientes presos, é requisitado o apoio e o acompanhamento da Polícia Militar, mas isso não aconteceu neste caso.
O diretor do hospital, José Carlos Pitangueira, disse que o homem assassinado não estava com escolta policial porque deu entrada como paciente comum. Ainda segundo o diretor, outros quatro pacientes internados na unidade estão jurados de morte. Só um deles está algemado a mando da polícia.

Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) informou que a "situação denuncia de forma brutal a falta de segurança nas unidades de saúde". A entidade ressalta a insatisfação dos profissionais que atuam no Clériston Andrade sobre a falta de estrutura e condições de trabalho às quais são submetidos. "O Conselho espera que diante os fatos o governo possa colocar em prática medidas que visem conter a violência e garantir a segurança nas Unidades de Urgência e Emergência de Salvador", diz a nota.

Fonte: G 1

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