A Prefeitura de Feira de Santana teria de investir algo em torno
de de R$ 24 milhões por mês, totalizando R$ 288 milhões anuais, para bancar uma
tarifa zero no transporte urbano neste município. O número foi estimado pela
Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e apresentado na Audiência Pública realizada
hoje, pela Câmara, para debater a proposta de gratuidade universal nos ônibus
urbanos. Segundo o assessor de comunicação da pasta, o jornalista Andrews Pedra
Branca, que representou o secretário Sérgio Carneiro no encontro, o município,
apenas com seu orçamento, “não tem condição de segurar” o benefício. “A gente
precisa incluir a União e o Estado.
Segundo Andrews, os cálculos de custos em torno da adoção da
tarifa zero devem “levar em consideração a tarifa real, que é de R$ 8 e não R$
4,75”. Por esta lógica, ponderou , se implantada a tarifa zero em Feira, o
Município, sozinho, não teria como arcar com os custos. Ele disse que,
inicialmente, o Governo Nunicipal não é contra ou a favor. Mas não se nega a
participar do debate sobre o assunto. No entanto, vê a necessidade de melhor
enfoque técnico na questão.
“Precisamos considerar as características socioeconômicas em
relação às cidades que a praticam, que em sua maioria possuem menos de 100 mil
habitantes e cujas características são diferentes de Feira”, advertiu. Ele
entende que se poderia pensar em adotar a medida, especificamente, em algumas
linhas ou trechos, beneficiando usuários de menor poder aquisitivo.
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