Sem acesso ao transporte para Tratamento Fora do Domicílio (TFD)
pela Prefeitura de Feira de Santana, para fazer o translado de pais e crianças
com deficiência, pacientes podem perder a assistência médica e terapêutica em
Salvador e outras cidades. A denúncia é de Angélica Santos Nascimento, que
utilizou a Tribuna Livre da Câmara Municipal, nesta quarta (31), para
reivindicar pelo direito de ir e vir da sua filha de 16 anos, que se ausentou
das últimas quatro consultas por falta do transporte adequado. “Podemos ser
desvinculados da instituição, pois eles entendem que, se deixamos de ir, é
porque não precisamos”.
Ao questionar a administração municipal sobre a falta do
transporte para o TFD, Angélica Nascimento diz que foi informada da “ausência
de automóveis adequados para o transporte de cadeirantes”. E reclamou: “eu não
tenho condição de levar a minha filha para um atendimento sem a sua cadeira,
não posso carregar no colo uma criança de 16 anos”. Na zona rural de Feira de
Santana, Angélica diz que “a situação é semelhante e muitos pacientes podem ter
o acompanhamento comprometido pela falta de transporte adequado”.
Outro problema vivenciado pelas famílias das crianças com
deficiência é a “ausência da distribuição gratuita de fraldas descartáveis”.
Segundo Angélica Nascimento, ao contrário de diversos municípios brasileiros, a
Prefeitura de Feira de Santana “não faz a distribuição de fraldas para pessoas
com deficiência”. Por isso, ela pede empatia do Poder Público para que
iniciativas como esta sejam viabilizadas: “O BPC (Benefício de Prestação
Continuada) não é suficiente para sustentar a mim, minha filha e as despesas da
casa, como, por exemplo, água e luz”.
Sensibilizada pelo discurso, a presidente da Casa Legislativa,
vereadora Eremita Mota (PP), critica o “descaso e a negação de direitos às
pessoas com deficiência”. Ela destaca que a Câmara Municipal está de portas
abertas para ouvir as demandas dessas pessoas e dos seus pais, mães e
responsáveis.
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