O líder religioso feirense Aristides Maltez, representante da
Associação Unzó Itakayango, usou a Tribuna Livre da Câmara, nesta terça-feira
(27), para reclamar de uma doação de alimento com data de validade vencida,
pela Prefeitura, para apoio a um evento da instituição, no mês de janeiro deste
ano. Segundo ele, foram repassados, para a alimentação dos participantes do
“Encontro das N’danjis do Axé”, cerca de 100 pacotes de biscoitos, com prazo de
consumo expirado em 16 de novembro de 2022.
Outra situação protagonizada pela Prefeitura, conforme relato de
Aristides Maltez, trata-se de dificultar acesso à distribuição de cesta básica
por integrantes do culto de matriz africana. Dizendo-se vítima do problema, ele
relatou que, no início deste ano, sua casa e de diversos outros moradores do
bairro Campo Limpo foi alagada. Inclusive, houve perda de móveis e utensílios.
No entanto, após o cadastro das famílias junto ao Centro de Referência da
Assistência Social (CRAS) e a respectiva entrega de documentações à Sedeso,
todos receberam cesta básica, colchão e cobertor. “Quanto a mim, a servidora do
órgão disse que devido ser agente de endemias, não teria direito a receber”, relatou.
No entanto, conforme Aristides, houve uma agente comunitária de
saúde (ACS), residente no mesmo loteamento dele, recebeu os alimentos da
Prefeitura. “Fui à secretaria, mas não consegui falar com o titular da pasta”,
frisou, cobrando que o direito às políticas públicas seja garantido à todas as
pessoas. Aos parlamentares do Legislativo, o líder religioso solicitou uma
fiscalização mais rigorosa quanto à quantidade de itens que integram a cesta
básica, doada pelo Município: “São apenas cinco itens. É bom começar a
observar”.
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