quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Valor do lixo em Feira dobrou de valor; Vereador sugere instauração de CPI na Câmara para apurar situação

 

A última licitação feita pela Prefeitura Municipal para a contratação da empresa que realiza o serviço de coleta de lixo em Feira de Santana aumentou o valor e diminuiu o prazo. A informação é do vereador e presidente da Câmara, Fernando Torres (PSD), em discurso na tribuna da Casa nesta quinta-feira (5). Conforme o parlamentar, o valor do lixo em Feira dobrou de valor, tendo sido feito um contrato com prazo de 30 meses (e não 36) com custo de R$127 milhões (e não R$76 milhões).  

 Ainda, Fernando frisou que houve a mudança do contrato no que se refere ao valor e ao prazo, porém a mesma empresa permaneceu na liderança do serviço. Ele quer apresentar um requerimento na Casa para instauração da CPI do Lixo, e conta com a assinatura dos colegas vereadores para o início das investigações.  

 “A licitação passada foi feita num prazo de 36 meses e custou a importância de R$76 milhões; já essa licitação tem um prazo de 30 meses e custou R$127 milhões. Um orçamento que era de R$2,1 milhões foi para R$4,2 milhões, mas o serviço diminuiu, o que é de se questionar. Quem olha os dados não vê que dobrou o valor, mas chegou perto, e ainda com 6 meses a menos no prazo. Ou seja, o valor da coleta de lixo em Feira dobrou de preço, mas será que dobrou a oferta do serviço?”, indagou. 

 Fernando destacou que quem ganhou a licitação foi uma empresa chamada Sustentare Saneamento, cujos donos são os mesmos da antiga empresa Qualix Serviços Ambientais, que já foi responsável pela coleta do lixo na cidade. “Essa é uma empresa queimada no país inteiro. Não pode trabalhar em nenhum local do Brasil. A CGU (Controladoria Geral da União), inclusive, impediu essa empresa de trabalhar em todos os lugares do país. Então, essa Sustentare não podia, de forma alguma, ganhar a licitação em Feira”.  

 FERNANDO TORRES: “ESSA EMPRESA MERECE QUE A CÂMARA MUNICIPAL NÃO FIQUE OMISSA” 

 O presidente da Câmara considera a situação como sendo um crime gravíssimo, pois, segundo ele, na licitação realizada não deveria ter sido aprovado o contrato social da empresa Sustentare. “Uma empresa que deixou a coleta de lixo em Feira a ver navios, que quebrou e deixou pessoas sem receber. Eu vejo que há sérios indícios para que a Casa apresente um requerimento a fim de que seja instaurada a CPI do Lixo. Essa empresa merece que a Câmara Municipal não fique omissa. Convido os colegas a analisarem a situação porque já passou da hora de ser instaurada uma CPI do Lixo em Feira”.  

 Ainda sobre a diferença no prazo do contrato, Fernando disse que isso lhe deixou com uma pulga atrás da orelha. “Por que não foi feita a licitação para 36 meses como na licitação anterior? Até porque, sendo 36 meses, começaria e terminaria no governo de Colbert”, questionou. Frisou que a cidade está suja, feia e abandonada, e que a Câmara está deixando isso passar.  

 Fonte: Ascom

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