Em
depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira, 11, o diretor-executivo da
empresa farmacêutica Vitamedic, ex-secretário de Cultura Esporte e Lazer de
Feira de Santana, Jailton Barbosa, confirmou que a empresa, produtora da
Ivermectina, bancou a publicação em jornais de um manifesto de médicos
bolsonaristas defendendo o tratamento precoce da Covid-19, sem comprovação
científica.
Vitamedic
teria destinado R$ 717 mil para financiar manifestos em defesa do chamado
tratamento precoce. O laboratório multiplicou as suas vendas de ivermectina
durante a pandemia, mesmo após haver comprovação científica de que o
medicamento não é eficaz no tratamento da Covid-19.
Os senadores
da CPI, então, decidiram ingressar na Justiça Federal com um pedido cautelar de
bloqueio de recursos da empresa para ressarcir os cofres públicos.
Embora
tenhaafirmado que não mantém contratos com o governo federal, Barbosa
reconheceu que fornece seus produtos, entre eles a ivermectina, para estados.
Por isso, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), decidiu pedir a medida
cautelar, pedido que foi acatado pela direção da CPI.
"Em que
pesem as tentativas do depoente de informar que apenas atendeu a demanda do
mercado, essas compras são claras violações ao interesse público e às normas
que regem as compras públicas no país", disse o senador.
"Eu
sugiro que seja feito um pedido cautelar à Justiça Federal pra que bloqueie
recursos suficientes pra garantir o ressarcimento aos cofres públicos enquanto
durar essa investigação. Eu acho que essa é uma medida cautelar que a CPI deve
tomar", completou.
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