A Polícia Civil de Feira de
Santana está investigando o sequestro do comerciante de peças automotivas, Natã
Amorim Cunha, que foi sequestrado na noite do dia 17 de março no bairro
Pampalona em Feira de Santana, quando estava em um bar. Ele foi surpreendido
por quatro homens que estavam a bordo de gol verde escuro que o algemaram e o
obrigaram a entrar no veículo. De acordo com o boletim de ocorrência, os homens
portavam armas e estavam usando coletes balísticos.
Ainda
conforme o boletim de ocorrência, registrado pela família de Natã, eles teriam
se passado por policiais, alegando que estavam investigando uma denúncia de
roubo de carros e desapareceram com a vítima. Na madrugada do dia 18 de março,
chegaram a fazer contato com a esposa do comerciante por aplicativo de mensagem
de celular, solicitando que fosse paga uma quantia pelo resgate.
O delegado Roberto Leal,
coordenador regional de Polícia Civil, disse ao Acorda Cidade que a família da
vítima procurou a delegacia no dia 18 e informou a situação do sequestro.
Segundo ele, foram iniciadas as investigações e posteriormente a polícia soube
através da própria família de que houve um pagamento do valor de resgate.
Contudo até o presente momento Natã não foi liberado nem localizado.
"Inicialmente
a família falou que esses indivíduos exigiram uma certa quantia em dinheiro
para liberação da vítima e a partir desse fato inclusive foi instaurado um
procedimento de extorsão mediante sequestro e estamos tentando fazer todas as
investigações necessárias, justamente para localizar tanto Natá, que a
principal diligência é a localização da vítima, bem como as pessoas
responsáveis por esse crime. As investigações quando envolvem situações de
sequestro são feitas da melhor forma possível a preservar a vida da vítima,
contudo nós não podemos proibir qualquer tipo de ação que a família deseje
fazer, o que nós fazemos é o acompanhamento e a investigação do crime. Eu não
posso dizer nesse momento se foi errado ou não, e estamos apurando para saber o
que ocorreu e a localização da vítima nesse momento”, afirmou.
Roberto Leal declarou que a
polícia não tem a localização da vítima e não sabe se ela está próxima a cidade
de Candeias, onde aconteceu o pagamento do resgate, ou em algum cativeiro em
Feira de Santana.
Ele
relatou que além de depoimentos de testemunhas, há imagens de câmeras de
segurança que foram anexadas aos autos.
“Não
podemos descartar qualquer tipo de vinculação. A linha de investigação é
extorsão mediante sequestro em virtude das informações prestadas pelos
familiares e outras informações angariadas pelo Serviço de Inteligência (SI).
Ele é um pequeno comerciante do ramo de peças automotivas, peças usadas e essa
também é uma hipótese de levantamento para saber se tem algum tipo de
envolvimento dele com alguma situação envolvendo veículos que pode ter
ocasionado o sequestro”, acrescentou.
Roberto
Leal recomendou que em situações de sequestro é ideal que a polícia seja
procurada, mesmo com as ameaças que normalmente são comuns com esse tipo de
crime. Sequestradores ameaçam a vítima, ameaçam familiares e até proíbem que a
polícia seja contactada.
“Existem
as técnicas de investigação utilizadas em relação ao sequestro e a melhor
solução é quando a família deixa que a polícia acompanhe os passos que estão
sendo realizados”, concluiu.
Fonte: Acorda Cidade
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