"Fui
vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história deste
país", bradou o ex-presidente. "Faz quase 3 anos que eu saí da sede
desse sindicato para ir me entregar à Polícia Federal. Eu fui, obviamente,
contra minha vontade porque sabia que estavam prendendo um inocente. Fui porque
não seria correto um homem com a minha história, construída com muito de vocês,
sair na capa dos jornais como um fugitivo. Como tinha clareza das inverdades
contadas sobre mim, tomei a decisão de provar a minha inocência independente do
lugar que estivesse", iniciou o discurso.
O petista
demonstrou os préstimos ao ministro Edson Fachin, que de acordo com ele fui
cumpridor da justiça, e reconheceu que a decisão foi apenas processual. Subiu o
tom ao chamar a força-tarefa da Lava Jato de 'quadrilha' e afirmar que a mesma
tinha uma obsessão por condená-lo porque queria criar um partido político.
"Eu sou
agradecido ao ministro Fachin, porque ele cumpriu uma coisa que agente
reivindicava desde 2016. A decisão que ele tomou tardiamente, 5 anos depois. O
processo vai continuar, tudo bem, eu já fui absolvido de todos os processos
fora de Curitiba, mas nós vamos continuar brigando para que o Moro seja
considerado suspeito, porque ele não tem o direito de se transformar no maior
mentiroso da história do Brasil e ser considerado herói por aqueles que queriam
me culpar. Deus de barro não dura muito tempo", afirmou o ex-presidente
que deixou clara a intenção de avançar na Justiça com o processo que avaliará a
suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.
"Vamos
continuar brigando para que o Moro seja considerado suspeito. Ele não tem o
direito de ser considerado herói por aqueles que quiseram me culpar. Tenho certeza
que hoje ele e o Dallagnol devem estar sofrendo muito mais do que eu sofri.
Porque eles sabem que cometeram erros, e eu sabia que não tinha cometido".
Pandemia
Ao falar do
atual momento da pandemia no Brasil, que já somam mais de 268 mil óbitos, Lula
mostrou-se consternado e atacou o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) pela condução do enfrentamento à doença no país. De acordo com Lula,
que aos 75 anos poderá se vacinar já na próxima semana, o país vive um momento
sem governo e a população deve desobedecer 'qualquer decisão imbecil do
presidente da República e do ministro da Saúde'.
Logo após,
Lula subiu o tom contra o presidente Bolsonaro e sua gestão da saúde pública no
Brasil. De acordo com o petista, o ex-capitão do exército é o principal responsável
pela situação de calamidade que muitos estados do Brasil se encontram por
questões como politização das vacinas e falta de logística para a imunização do
povo brasileiro.
"Pelo
amor de Deus, esse vírus, essa noite, matou quase 2 mil pessoas. Esse país está
totalmente desordenado e desagregado porque não tem governo. Vou repetir: esse
país não tem governo, esse país não cuida da economia, esse país não cuida do
emprego, do salário, da saúde, do meio ambiente, da educação, do jovem, da
meninada da periferia. Ou seja, do que eles cuidam?”, questionou.
Esse país não
tem Governo, tem um fanfarrão. Através das fake news o mundo elegeu Trump e
Bolsonaro. Bolsonaro a vida inteira não foi nada. Nem capitão foi, era tenente,
foi promovido porque se aposentou depois de tentar explodir um quartel. Depois
que se aposentou não fez mais nada na vida. Ficou 30 e poucos anos com mandato
e conseguiu convencer parte da população de que ele não era político. Ele não
fala com trabalhador nem com empresário. Só fala com o Loro da Havan. O Brasil
não é do Bolsonaro e dos milicianos, o Brasil é dos brasileiros".
Nenhum comentário:
Postar um comentário