Durante toda a manhã e
parte da tarde desta quarta-feira (16), o reitor Evandro do Nascimento, a
vice-reitora Amali Mussi, servidores e todo o corpo de pró-reitores da Universidade
Estadual de Feira de Santana (Uefs) estiveram mobilizados para avançar nas
apurações e soluções referentes às graves denúncias de violência contra o
estudante do curso de biologia Felipe da Silva Ferreira.
Além de reuniões com o intuito de apurar os fatos
de forma célere e objetiva, os gestores também receberam representantes dos
discentes e da comunidade universitária LGBTQIA+, que realizaram ato de apoio
ao estudante agredido, além de participarem de uma reunião na qual também
estavam presentes o estudante Felipe Ferreira acompanhado da mãe, a senhora
Sueli, os quais tinham retornado de atendimento e acolhimento realizado pela
Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis – PROPAAE, sob a
coordenação da professora Sandra Nívia Soares de Oliveira.
Após ouvir as reivindicações e sugestões
formuladas pelos estudantes, bem como os relatos de Felipe e da sua mãe, a
equipe de gestão convidou a vítima e os familiares presentes para um
acolhimento específico no gabinete da reitoria, para que ficassem esclarecidos
os próximos passos legais e administrativos a serem efetivados pela instituição.
O primeiro deles já foi realizado ainda na tarde
desta quarta-feira e se refere, inicialmente, ao afastamento imediato do campus
de cinco vigilantes já identificados e envolvidos no episódio. “Não se trata
aqui de punições antecipadas ou qualquer violação dos princípios do
contraditório ou da presunção de inocência, pois os vigilantes já afastados
terão a oportunidade de se manifestar na sindicância a ser instaurada pela Uefs
ou também na esfera criminal”, afirma o reitor Evandro do Nascimento.
O reitor ressaltou, ainda, que o afastamento se
fez necessário não apenas como trâmite administrativo ou atendendo ao clamor
vindo da comunidade acadêmica e outros setores da sociedade, mas também – e
principalmente - como um posicionamento claro e irrefutável da instituição
diante de atos de violência ou qualquer possibilidade de crimes de racismo e
homofobia dentro e fora dos muros da instituição.
A chefe de gabinete Taise Bonfim destacou que o
processo de sindicância será instaurado com a máxima brevidade e que a
Universidade também acompanhará de perto os desdobramentos das investigações na
seara penal.
Universidade
também se reuniu com terceirizada responsável pelos vigilantes
Buscando o máximo de lisura nas apurações dos
fatos e sem qualquer intenção de cercear a defesa dos trabalhadores afastados
das atividades, os gestores da Uefs e demais servidores que participavam das
reuniões acerca das denúncias também ouviram os representantes da empresa de
segurança, os quais apresentaram as suas versões iniciais dos fatos, ao tempo
que também demonstraram compreender a urgência do afastamento imediato dos
vigilantes envolvidos, bem como a necessidade uma apuração minuciosa dos fatos.
Fonte: Uefs
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